Navegantes de cabine da angolana TAAG em marcha de protesto no sábado
O Sindicato Provincial do Pessoal Navegante de Cabine (SINPROPNC), da transportadora aérea angolana TAAG vai realizar no sábado uma marcha de protesto contra a "má gestão" da empresa.
© Lusa
Economia TAAG
A secretária executiva do sindicato, Ondina Costa disse à Lusa que a concentração vai ter início às 09:30 no Aeroporto Internacional 04 de fevereiro, partindo deste local em direção à Avenida Ho Chi Min, Largo das Heroínas, Sagrada Família, até terminar na rua da Missão, junto à sede da TAAG.
A intenção foi comunicada ao Governo Provincial de Luanda (GPL) na passada sexta-feira sem receber qualquer resposta até à data, acrescentou.
No documento enviado ao GPL, o SINPROPNC explica que a "manifestação pacífica" visa apelar à administração da TAAG que resolva os diferendos, nomeadamente não pagamento do subsídio de Inverno e das ajudas de custo; incumprimento do acordo coletivo; tomada de decisões arbitrárias.
A adesão à marcha não vai prejudicar os voos, pois "não se trata de uma greve", esclareceu ainda a líder sindical, estimando uma adesão em torno das 250 pessoas.
Em meados de fevereiro, num comunicado dirigidos aos seus associados, o SINPROPNC admitia já a possibilidade de avançar para o protesto que terá como palavras de ordem: "devolvam a nossa TAAG", "abaixo a má gestão" e "fora a HiFly".
E apontava vários problemas, sublinhando que as reivindicações apresentadas à administração da companhia, atualmente encabeçada pelo presidente executivo, o espanhol Eduardo Soria, não foram resolvidas.
"A verdade é que as coisas continuam de mal a pior", lê-se no documento.
Em causa está o pagamento de ajudas de custo, discriminações a nível de pagamentos, gestão dos cartões e o contrato de aluguer com a HiFly.
"Não nos podemos esquecer: a TAAG é nossa, é uma empresa angolana e deve servir Angola e os angolanos, e não empresas estrangeiras como está a acontecer com a HiFly (que fruto do acordo com a TAAG não para de recrutar tripulantes) e a FLY.AO, que contratou uma companhia vinda da Mongólia e que foi subcontratada pela TAAG, quando temos aviões e tripulações locais", contesta o sindicato.
No ano passado, as Linhas Aéreas de Angola (TAAG) contrataram à portuguesa HiFly uma aeronave Airbus A330 para a ligação Luanda-Lisboa-Luanda, em regime de 'wet lease', um tipo de contrato que garante, além do avião, a disponibilização da tripulação completa, manutenção e seguro do aparelho.
"Esta decisão coincide justamente com o trabalho de manutenção que está a decorrer e que a TAAG está a realizar em parte da sua frota internacional, respetivamente o modelo Boeing 777-300ER", segundo uma nota divulgada na altura pela companhia.
A TAAG concluiu, no final do ano passado, acordos com todos os sindicatos - Sindicato Provincial do Pessoal Navegante de Cabine (SINPROPNC), Sindicato dos Pilotos de Linha Aérea (SPLA) e Bureau Sindical -- dos quais constam a fase de operacionalização e implementação das componentes remuneratórias aplicáveis, que não foram divulgadas.
Segundo a companhia aérea, as negociações que surgiram após um período de greve realizada no passado mês de outubro de 2022, foram caracterizadas pelo diálogo e concertação, tendo as partes assumido o compromisso de manter encontros regulares e de participação conjunta em equipas de trabalho para soluções a longo prazo, como o processo de reforma em curso na transportadora que está em fase de privatização.
Leia Também: Atriz Vera Mónica admite viver da solidariedade do cantor Paco Bandeira
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com