BCP tem 4.000 clientes em processo que pode levar a reestruturar crédito
O presidente do BCP disse hoje que o banco tem 4.000 clientes em processo que pode levar a reestruturação de crédito e aconselhou as pessoas a fazerem a reestruturação apenas se precisarem mesmo.
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Economia Millennium BCP
"Até à semana passada, havia 4.000 clientes incluídos no PARI. Não quero dizer se é muita gente ou pouca gente. O que devem é fazer a reestruturação quando é mesmo precisa essa restruturação", afirmou na apresentação de contas de 2022, quando apresentou lucros de 207,5 milhões de euros, mais 50% do que os 138,1 milhões de euros de 2021.
O novo Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI) força os bancos a renegociarem os créditos à habitação de clientes com dificuldades a fazerem face ao aumento das prestações devido às altas taxas de juro.
Sobre medidas legislativas para ajudar as pessoas em dificuldades, disse que vê com bons olhos "medidas direcionadas a clientes que efetivamente precisam", mas discorda de medidas generalista em que clientes que "cumpram um critério passam a estar abrangidos".
"Têm de ser muito, muito dirigidas", defendeu Miguel Maya.
O gestor disse que o banco já contactou com 250 mil clientes para saber da sua situação e apresentar soluções quando é possível.
Sobre a bonificação de juros proposta pelo Governo para famílias com mais dificuldades em pagar a prestação do crédito à habitação, considerou uma "medida importante".
Quanto à intenção do Governo de obrigar os bancos a terem propostas comerciais de créditos à habitação em taxa fixa, disse que já tem essa possibilidade há anos e que o banco não precisa de medidas legislativas para dar ter essa oferta para os clientes.
"Já tínhamos produto de taxa fixa e vamos continuar a ter. (...) A nossa obrigação é esclarecer o cliente e não decidir pelo cliente. Deve ser o cliente com o gestor a ver melhores alternativas", afirmou.
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