Governo confia no prolongamento do mecanismo ibérico para travar preços
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, mostrou-se hoje confiante em relação ao prolongamento do mecanismo excecional e temporário ibérico para conter os preços da eletricidade.
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Economia Eletricidade
Apesar de não querer entrar em pormenores, Duarte Cordeiro avançou aos jornalistas ter "perspetivas positivas quanto à aceitação" por parte da Comissão Europeia quanto "ao prolongamento pelo menos enquanto funcionam os chamados auxílios de Estado para os diversos países".
O ministro do Ambiente e da Ação Climática falava aos jornalistas após a união entre as futuras estações da Estrela e Santos, com o final das escavações, no túnel do metropolitano de Lisboa, num total de cerca de 1.300 metros.
Duarte Cordeiro lembrou que já teve uma reunião com a ministra espanhola com a pasta da Energia, Teresa Ribera, e a vice-presidente do executivo comunitário responsável pela Concorrência, Margrethe Vestager, estando o processo "em conversações".
"O objetivo é manter a filosofia do mecanismo e prolongá-lo no tempo, mas não quero dar grandes pormenores", salientou.
O governante frisou ainda que o mecanismo ibérico "tem produzido efeitos", lembrando que "tem reduzido o preço do mercado grossista da eletricidade em Portugal".
"Foi muito útil, terá reduzido 18% do preço do mercado e protegeu que estava desprotegido e exposto ao mercado", reconheceu.
Em janeiro, durante uma audição no parlamento sobre o aumento dos preços da energia, a pedido do Bloco de Esquerda, o ministro já afirmara que Portugal pretendia negociar com a Comissão Europeia a extensão do mecanismo, mantendo as condições existentes, considerando que este instrumento protege a indústria exposta ao mercado diário.
"No que diz respeito ao mecanismo ibérico, a nossa posição de partida é negociar com a Comissão Europeia a sua extensão, mantendo as condições existentes. [...] Para o nosso país, para a indústria que está exposta o mercado 'spot' [diário] é muito positivo", disse,
Em causa está o mecanismo temporário ibérico em vigor desde meados de junho passado para colocar limites ao preço médio do gás na produção de eletricidade, que no caso de Portugal e Espanha é de cerca de 60 euros por Megawatt-hora.
Este instrumento foi solicitado a Bruxelas por Portugal e Espanha em março passado devido à crise energética e à guerra da Ucrânia, que pressionou ainda mais o mercado energético.
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