Atualização salarial de 2,5% no Montepio? "Afronta", dizem sindicatos
Os sindicatos bancários Mais, SBC e SBN, criticaram hoje a proposta do Montepio de uma atualização salarial de 2,5%, considerando-a como "mais uma afronta" e "inaceitável", acusando os bancos de uma prática concertada.
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Economia Sindicatos
"Não obstante a existência de várias convenções no setor, originadas pela diversidade de condições existentes em cada uma das IC [instituições de crédito], todas propuseram aos sindicatos 2,5% de aumento salariais, refletindo uma prática concertada, comportamento que se repudia veementemente", referem os sindicatos num comunicado conjunto.
Mais, Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) consideraram que a resposta do banco é "uma afronta aos seus trabalhadores", por apresentar "um valor percentual de aumento nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária de 2,5%, indigno face à inflação de 2022 e à prevista para este ano".
Os três sindicatos censuraram, também, as declarações do Montepio, que afirmou que "o banco apresenta os rácios mais baixos do universo no que respeita às principais métricas de produtividade, medidos pelo volume de negócio e produto bancário core por colaborador, e o segundo pior rácio de eficiência medido pelo 'cost-to-core income'".
Mais, SBC e SBN lamentaram ainda que as razões apresentadas pelo Montepio não difiram das recebidas anteriormente de outras instituições de crédito.
"Umas porque implicam um aumento de encargos, outras porque são matéria do âmbito de gestão de cada IC, outras ainda por a atual redação ser suficiente. O banco rejeita até propostas de âmbito social, como a dispensa no âmbito do processo de adoção e acolhimento familiar", reiteram os sindicatos.
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