BPF: "O nosso objetivo é chegar ao final de 2023 com um banco"
A presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento (BPF) defendeu hoje, em Lisboa, que o objetivo é chegar ao final de 2023 com um banco, com as áreas de 'compliance', auditoria e risco a funcionar.
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Economia Banco Português de Fomento
"O nosso objetivo é chegar ao fim de 2023 com um banco e, para isso, precisamos das áreas de 'compliance', auditoria e risco a funcionar, como as que existem em qualquer outra instituição na praça", afirmou a presidente do Conselho de Administração BPF, Maria Celeste Hagatong, na sessão "PRR e outros estímulos à economia: Balanço e Perspetivas", que decorre na Culturgest, em Lisboa.
A responsável do BPF lembrou que "a primeira fase" do novo Conselho de Administração e da Comissão Executiva entrou em funções em novembro de 2022.
Neste sentido, até dezembro do ano passado, a instituição decidiu "tirar das prateleiras tudo o que estava parado" e lançar para o mercado, como a linha de crédito com garantia mútua para aumento dos custos de produção.
"O Banco Português de Fomento é uma instituição nova. Constituir um banco no século XXI, não é a mesma coisa do que no século XX ou XIX, é uma coisa muito difícil. Foi constituído em 03 de novembro de 2020 e só teve 2021 e 2022, com uma pandemia pelo meio. Foi constituído, decreto-lei, estatutos aprovados e toca de ir para o mercado", sublinhou.
O BPF é resultado da fusão de três entidades públicas, nenhuma delas bancária, e conta com um capital social de 505 milhões de euros, após um aumento de capital.
Os acionistas desta instituição são o IAPMEI -- Agência para a Competitividade e Inovação (73,25%), Estado (20,85%), Turismo de Portugal (4%) e AICEP -- Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (1,9%).
Os ministérios da Economia e do Mar e das Finanças têm a tutela do BPF.
Fazendo um balanço do Programa Venture Capital, Maria Celeste Hagatong, disse que este tem uma dotação de 200 milhões de euros e que recebeu 44 propostas, que são "acompanhadas semanalmente pela Comissão Executiva".
A presidente do Conselho de Administração do BPF referiu ainda que a instituição "não está parada no PRR" (Plano de Recuperação e Resiliência), tendo mais nove instrumentos de capital.
"O meu apelo é que não estejam só à nossa espera. Eu também estou à espera que a Caixa Geral de Depósitos seja nosso parceiro", desafiou.
Em resposta, num painel subordinado ao tema "O que o PRR pode trazer à economia", o administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos Francisco Cary assegurou que o banco público já tem "bastante diálogo" com o BPF.
"Com a nova equipa [Conselho de Administração e Comissão Executiva do BPF], estamos a identificar áreas em que podemos estar mais próximos, no apoio ao desenvolvimento de novas linhas e com temas ligados ao processo de capitalização das empresas", sublinhou.
O PRR tem um período de execução até 2026 e pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.
Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.
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