Wall Street fecha quase estagnada à espera das declarações da Fed

A bolsa nova-iorquina encerrou, esta segunda-feira, em perto do equilíbrio, com os investidores contidos antes de conhecerem a intervenção no Congresso do presidente da Reserva Federal (Fed) e um relatório importante sobre o emprego nos EUA.

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Lusa
06/03/2023 23:35 ‧ 06/03/2023 por Lusa

Economia

Bolsa de Nova Iorque

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,12% e o alargado S&P500 progrediu 0,07%, ao passo que o tecnológico Nasdaq cedeu 0,11%.

Os índices começaram a sessão claramente em alta, graças, segundo Karl Healing, do LBBW, ao movimento de correção técnica iniciado no final da semana passada.

"Os investidores concentraram-se na capacidade de recuperação do mercado e o índice S&P500 conseguiu manter-se acima da média dos últimos 200 dias bolsistas", do qual se tinha aproximado, destacou o analista.

Mas depois do meio da sessão, os índices começaram a cair, sem explicação aparente.

"Pode ter sido um posicionamento de expectativas antes das audições de (Jerome) Powell", o presidente da Fed, avançou Karl Haeling.

O presidente da Fed vai fazer um depoimento e responder a perguntas dos congressistas, na terça-feira no Senado e na quarta na Câmara dos Representantes.

As suas declarações podem dar indicações aos investidores obre a forma como a Fed considera o crescimento dos preços e a trajetória das taxas de juro nos próximos meses.

Para Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, Powell deve passar uma mensagem similar à das suas últimas intervenções, como a do início de fevereiro, quando disse que a Fed ainda "tinha trabalho a fazer" perante a inflação. "Mas nunca se está ao abrigo de uma surpresa", reforçou.

Os investidores também estão na expectativa do relatório sobre o mercado de trabalho em fevereiro nos EUA, que deve ser divulgado na sexta-feira.

Em janeiro, a criação de emprego atingiu os 517 mil, o que surpreendeu os observadores que não esperavam tal dinâmica.

Esta situação deve incitar a Fed a prosseguir a subida da sua taxa de juro de referência, para fazer arrefecer a economia, e desta forma forçar a descida do crescimento dos preços.

Os investidores "estão a perguntar se (os números de janeiro) foram uma exceção ou passaram a norma", observou Art Hogan.

"Se tivermos números em torno das 200 mil -- 250 mil criações de emprego em fevereiro, isso quererá dizer que janeiro foi uma exceção, o que será uma boa notícia para o mercado bolsista", que em geral beneficia com uma baixa da taxa de juro, acrescentou.

Em todo o caso, não afastou a possibilidade de uma surpresa, ate porque a meteorologia em fevereiro foi particularmente clemente.

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