Após colapso, HSBC compra unidade britânica do SVB (por uma libra)
Esta medida visa evitar uma crise que ameaçava lançar o caos no setor da tecnologia britânico.
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Economia HSBC
O HSBC, o maior banco da Europa, anunciou a compra da subsidiária britânica do banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), na sequência do seu colapso, pela quantia simbólica de uma libra (1,13 euros).
Num comunicado enviado hoje à Bolsa de Hong Kong, onde está cotado, o HSBC estima o capital próprio da subsidiária, SBV UK, em cerca de 1,4 mil milhões de libras (1,58 mil milhões de euros).
"Esta aquisição faz sentido estratégico para os nossos negócios no Reino Unido", disse no comunicado o diretor executivo do HSBC, Noel Quinn.
A operação "fortalece a nossa marca como banco comercial e aumenta a nossa capacidade de apoiar empresas inovadoras e de rápido crescimento, inclusive nos setores de tecnologia e ciências da vida, tanto no Reino Unido quanto internacionalmente", explicou Quinn.
O HSBC está envolvido um plano para reduzir custos e cortar milhares de empregos na Europa e nos EUA, a fim de reforçar a sua presença na Ásia, o seu principal mercado.
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O Departamento do Tesouro britânico revelou que a operação de venda do SVB UK foi "facilitada" pelo governo britânico e pelo Banco de Inglaterra, mas sem envolvimento de dinheiro público.
"Os clientes do SVB UK poderão aceder aos seus depósitos e serviços bancários normalmente a partir de hoje", sublinhou o departamento, num comunicado.
O SVB, com sede na Califórnia, anunciou na quarta-feira que estava a tentar realizar um aumento de capital para ultrapassar as dificuldades financeiras.
O anúncio levou muitos clientes a retirar os fundos e os reguladores encerraram o banco na sexta-feira por falta de liquidez. Posteriormente, o preço das ações da empresa entrou em colapso, o que, por sua vez, afetou o setor bancário em geral, tanto nos Estados Unidos como em outros países.
No domingo, os órgãos reguladores dos Estados Unidos tinham anunciado um plano para proteger os depósitos dos clientes do SVB.
O Departamento do Tesouro, a Reserva Federal (Fed) e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) adiantaram, num comunicado conjunto, que os clientes terão acesso a todo o dinheiro depositado no SVB.
Com este plano, avançaram as três entidades, os contribuintes norte-americanos "não assumirão as perdas" do banco e os depósitos serão protegidos para "facultar o acesso ao crédito por parte das famílias e das empresas".
Os reguladores também anunciaram o encerramento do Signature Bank, com sede em Nova Iorque, e prometeram que o mesmo plano será aplicado para reembolsar os clientes por todo o dinheiro depositado, adiantou a agência EFE.
O Signature Bank, que presta serviços financeiros principalmente a empresas de advocacia e ao ecossistema cripto, segundo os órgãos de informação especializados, tinha depósitos de 88,59 mil milhões de dólares (82,57 mil milhões de euros) no final de 2022.
O colapso do SVB foi a segunda maior falência bancária da história dos Estados Unidos, depois do colapso da Washington Mutual em 2008.
[Notícia atualizada às 08h29]
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