Preço sobre Sonaecom? "É injustificado", diz Clube dos Peq. Acionionistas
A Maxyield - Clube dos Pequenos Acionistas reiterou hoje que o preço oferecido pela Sonae na oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Sonaecom "é injustificado" e que "não é de considerar".
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Economia OPA
Em de fevereiro, a Maxyield tinha considerado "injusto" o preço da oferta e recomendou aos associados que não alienassem os títulos da empresa na operação, depois de em 21 de dezembro a Sonae ter anunciado uma OPA sobre as ações não detidas da Sonaecom, com uma contrapartida de 2,50 euros por ação.
Em comunicado, hoje divulgado, a Maxyield - Clube dos Pequenos Acionistas, registada na CMVM Associação de Defesa dos Investidores, refere que analisou os resultados anuais da Sonaecom, que registou um lucro de 143 milhões de euros em 2022, mais 19% do que em 2021.
"A Sonaecom, cujo capital é constituído por 311,4 milhões de ações, apresenta no final de 2022 um capital próprio de 1.290,7 milhões de euros e gerou neste ano um resultado líquido de 143,1 milhões de euro", aponta.
Ora, no final do ano passado, o valor do capital próprio por ação "é de 4,15 euros, encontrando-se muito acima do valor de 2,5 euros por ação oferecido pela Sonae, pelo capital que não detém na Sonaecom, não tendo sido dada qualquer explicação para esta significativa diferença", salienta a associação.
"A transparência do mercado recomenda que o prospeto da OPA, que eventualmente venha a ser registado pelas autoridades de supervisão, explicite e justifique esta diferença que torna o preço injusto e sem justificação, provocando uma contrapartida não equitativa", alerta a Maxyield, referindo que "os diversos indicadores de performance comercial e gestão patrimonial colocam a Sonaecom num patamar de forte robustez empresarial, designadamente rentabilidade do capital próprio (11,5%), rentabilidade do capital investido (9,5%), lucro por ação (0,46 euros) e 'earning yield' (16,8%)".
Perante isto, "o preço oferecido na OPA representa uma subtração ao valor fiduciário dos pequenos acionistas e investidores, e recomenda a revisão pela Sonae do valor da contrapartida", defende.
A Maxyield pede ainda esclarecimentos à Sonaecom sobre os resultados apresentados em cinco pontos.
"Apesar do reforço de participações financeiras no montante 48,7 milhões de euros e da valorização da participação da NOS no montante de 60,4 milhões de euros no quarto trimestre/2022, como se explica que o valor do investimento em balanço tenha passado de 988,2 milhões de euros em 30 de setembro para 954,3 milhões de euros em 31 de dezembro, sendo que a Maxvive se encontra fora deste agregado patrimonial e registado em ativos detidos para venda", questiona.
O Clube dos Pequenos Acionistas pede ainda esclarecimentos relativamente ao investimento de 48,7 milhões de euros realizado no último trimestre do ano passado e o "registo da Maxvive como ativo detido para venda no balanço da sociedade a 30 de setembro de 2022", nomeadamente "quais as razões para uma variação negativa, no montante de -152 milhões de euros, do valor do ativo líquido (NAV) da Bright Pixel, entre 30 de setembro e 31 de dezembro de 2022, que se circunscreve no seguinte enquadramento quantitativo".
Pretende ainda esclarecimentos para as razões para "a alteração substantiva e radical da política de distribuição de dividendos, baseada historicamente num 'payout' de 50% (últimos 8 anos consecutivos) relativamente aos resultados apurados em contas consolidadas", entre outros.
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