Vítor Bento falava numa audição parlamentar na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), no âmbito de um requerimento do PSD sobre a atuação do setor bancário na comercialização ou pedidos de renegociação de crédito à habitação e o "desajustamento" dos juros nos depósitos a prazo em face das condições de mercado.
"No que reporta à renegociação dos créditos para as pessoas que têm dificuldades e obviamente reconhecendo que a subida das taxas de juros coloca dificuldade a muitas famílias (...), toda a informação que eu tenho é que bancos apresentaram sempre a maior disponibilidade para negociar com os seus clientes, facilitando-lhes a vida na medida do possível", afirmou.
O presidente da APB considera que "obviamente que os bancos também não podem fazer milagres".
Vítor Bento respondia às questões do deputado social-democrata Rui Vilar sobre a posição da APB relativamente à renegociação dos contratos de crédito.
"Os bancos estão sujeitos a uma série de regras do ponto de vista da regulação económica, do ponto de vista da supervisão bancária, que têm de respeitar e são entidades que têm de gerar resultados para poder sobreviver", disse o responsável da APB, acrescentando ser preferível que "os bancos sejam rentáveis, do que os bancos tenham de ser auxiliados seja por quem for".
Defendeu ainda que "é do interesse dos bancos que os seus clientes tenham as maiores possibilidades de cumprir as suas obrigações creditícias".
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