Teodora Cardoso pede "compromisso" nas políticas orçamentais
A presidente do Conselho de Finanças Públicas pede "estratégia" e "compromisso político" nas políticas orçamentais a afirmou que "tem faltado" o "acompanhamento" das medidas anunciadas em documentos estratégicos, salientando que essa fiscalização é importante para "efeitos de credibilização".
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Economia DEO
Em Guimarães, a discursar num seminário dedicado à sustentabilidade das Finanças Públicas, Teodora Cardoso disse que de "cenários" como os que são descritos no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) ou em Pactos de Estabilidade está "toda a gente farta", pelo que é preciso dar "credibilidade" a esses cenários.
"São questões globais que implicam uma estratégia muito bem definida e mais do que uma estratégia implicam um compromisso político no sentido de mostrar que existe uma estratégia, que existem medidas e que se está disposto a dar testemunho delas e do seu comprimento", apontou Teodora Cardoso, referindo-se a políticas orçamentais, como políticas de emprego, de demografia, de limites de despesa, entre outras.
Segundo a economista, "além da definição das medidas e da estratégia", é necessário "um grau suficiente de conhecimento das medidas e de acompanhamento delas, que é outra coisa que tem faltado".
Isto, porque anunciam-se medidas e "umas são tomadas, outras não são" e o acompanhamento de "quem as devia tomar, quando, se se tomaram ou não" é, sublinhou, "extremamente importante para efeitos de credibilização".
Teodora Cardoso alertou, assim, que "toda a gente já se fartou de ver cenários nos últimos anos", que "não tinham conteúdo", e que "não basta aos agentes económicos e aos investidores em particular, para tomarem as suas decisões, para acreditarem nas previsões do DEO, verem um cenário".
Assim, referiu, "é necessário dar credibilidade e conteúdo a estes cenários", pelo que "tem que haver uma explicitação da estratégia económica e orçamental que está por trás" dos referidos cenários.
"Não basta dizer que vamos ter que cumprir estes e aqueles limites, nomeadamente porque temos a experiência infeliz de habitualmente não os cumprir", alertou.
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