Wall Street fecha em alta com a tranquilização dos investidores com banca
A bolsa nova-iorquina encerrou em alta clara, com os investidores cada vez mais tranquilizados com a estabilização aparente do sistema bancário e a acalmia no mercado obrigacionista, com as ações da tecnologia em destaque.
© Lusa
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,00%, o tecnológico Nasdaq progrediu 1,79% e o alargado S&P500 avançou 1,42%.
"À medida que o medo se afasta, as pessoas ficam mais atraídas pelas ações", resumiu Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.
O índice VIX, que mede a volatilidade do mercado, caiu hoje para o seu nível mais baixo desde 09 de março, que foi a véspera da tomada de controlo do banco regional Silicon Valley Bank (SVB) pelos reguladores dos EUA.
A estabilização dos rendimentos obrigacionistas também contribuiu para a recuperação acionista, apontou Hogan.
O rendimento propiciado pela dívida federal dos EUA a 10 anos terminou sem alterações em 3,56%, evolução esta que não se verificava desde há três semanas.
"A crise bancária passou um bocado para segundo plano e os investidores puseram-se a comprar o que lhes tinha fugido nas últimas semanas", sintetizou Hogan.
O entusiasmo chegou mesmo aos bancos regionais, autênticos párias bolsistas até há poucos dias.
Talvez apresentado demasiado depressa como o novo elo fraco da banca norte-americana, o First Republic teve uma procura que o levou a fechar em alta nítida (+5,63%), tal como o texano Comerica (+4,56%) ou o californiano PacWest (+5,06%).
De forma irónica, as ações do SVB -- cujas transações foram hoje autorizadas a regressar, com a cotação a variar caso a caso, portanto sem cotação permanente -- foram mesmo muito procuradas, fechando com um ganho de 142,50%. Contudo, o seu preço está nos 97 cêntimos, menos de um por cento da cotação que tinha quando a sua cotação foi suspensa em 10 de março.
Se passou pela crise bancária sem problema, o setor tecnológico também teve hoje uma boa sessão, no seguimento dos comentários do fabricante de semicondutores Micron, que ganhou 7,19%.
Este grupo, sedeado em Boise, no Estado do Idaho, declarou-se prudentemente otimista quanto a um reequilíbrio entre a oferta e a procura nos próximos meses, depois de uma clara desaceleração das encomendas desde o fim de 2022.
Estas previsões aproveitaram a vários concorrentes, como a Intel (7,61%) ou a Qualcomm (3,09%).
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