Costa termina visita à Coreia do Sul e procura atrair novos investimentos
O primeiro-ministro termina hoje a sua visita à Coreia do Sul, em que tem procurado destacar a captação de novos investimentos em áreas como os semicondutores ou energias renováveis, deixando de lado os casos políticos nacionais.
© Lusa
Economia António Costa
Na terça-feira, no primeiro dos seus dois dias em Seul, apesar da insistência dos jornalistas, António Costa recusou-se a abordar de forma desenvolvida questões relacionadas com a gestão da TAP, alegando que importa aguardar pelo fim dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito para, eventualmente, retirar consequências políticas.
Hoje, o chefe do Governo português começa o dia com uma reunião com o presidente das relações corporativas da multinacional Samsung e fará depois uma intervenção na cerimónia de abertura do Fórum de Negócios Portugal-Coreia do Sul -- uma sessão em que também vai discursar o ministro da Economia, António Costa Silva.
Além de António Costa Silva, o líder do executivo português está nesta visita acompanhado pelos ministros das Infraestruturas, João Galamba, e da Ciência e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro assumiu que o principal objetivo desta visita se destina à captação de investimento sul-coreano em setores económicos considerados críticos, como os semicondutores, energias renováveis e automóvel.
"Neste conceito de autonomia estratégica que se tem vindo a desenvolver na Europa, Portugal tem uma posição muito clara sobre o significado deste conceito. Autonomia estratégica significa não ficar dependente de outros, mas não significa fechamo-nos sobre nós próprios", declarou após ter estado numa das maiores fábricas de semicondutores do mundo e que pertence ao grupo SK.
Portugal, de acordo com o primeiro-ministro, quer atrair investimento direto estrangeiro, designadamente sul-coreano, "para se produzir na Europa aquilo que a Europa necessita".
Hoje, ao final da manhã, António Costa encontra-se com o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo, seguindo-se uma cerimónia de assinatura de instrumentos jurídicos.
"No âmbito desta visita iremos promover e fomentar o ensino da língua portuguesa na Coreia, através da assinatura de um protocolo para a criação de um novo leitorado na Universidade de Hankuk. Vamos também assinar um protocolo de entendimento entre o Instituto Camões e a Koica, que é a agência coreana de cooperação, para fomentar projetos conjuntos de cooperação triangular. Queremos fomentar cada vez mais projetos de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, designadamente no continente africano", realçou à agência Lusa o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André.
Antes de regressar a Lisboa, ainda na componente institucional do seu programa, o primeiro-ministro vai depor uma de coroa de flores no Memorial da Guerra da Coreia.
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