"Na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica e o indicador quantitativo de síntese de consumo privado desaceleraram em fevereiro, enquanto o indicador de investimento aumentou em termos homólogos em fevereiro, após a diminuição registada no mês precedente. Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre janeiro e março, após ter estabilizado no mês anterior", pode ler-se.
Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para fevereiro, "apontam para uma desaceleração na indústria e nos serviços em termos nominais e, na construção em termos reais".
Em Portugal, o índice de preços na produção da indústria transformadora desacelerou nos últimos oito meses, de forma significativa em fevereiro e março, apresentando uma taxa de variação homóloga de 7,1% (12,4% no mês anterior).
Excluindo a componente energética, este índice aumentou 8,3% em termos homólogos (10,8% em fevereiro). O índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 11,5% (14,8% no mês anterior), desacelerando pelo quarto mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%).
Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 7,4% em março, taxa inferior em 0,8 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. O índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou, passando de uma variação homóloga de 20,1% em fevereiro, a taxa mais elevada desde maio de 1990, para 19,3% em março.
Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens, em fevereiro, desaceleraram pelo sexto mês consecutivo, para crescimentos homólogos de 7,1% nas exportações e 4,4% nas importações (8,1% e 7,0%, respetivamente, em janeiro).
Leia Também: Euribor sobe nos principais prazos (e a 6 meses atinge novo máximo)