O ministro das Finanças, Fernando Medina, assegurou, esta quarta-feira, no Parlamento que a comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP vai ter acesso a "todos os documentos" - os solicitados e os não solicitados - ainda hoje.
"Ainda hoje mesmo, a comissão parlamentar de inquérito irá ter acesso a todos os documentos: aqueles que solicitou da primeira vez e aqueles que não solicitou da primeira vez e constituem a espinha dorsal do processo de demissão dos administradores da TAP", assegurou Medina, no Parlamento.
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse na terça-feira que o Governo iria entregar "nos próximos dias" documentação à comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP e as recentes demissões na companhia aérea.
Aliás, questionada sobre a polémica dos últimos dias sobre a existência ou não de parecer jurídico acerca do despedimento da presidente da comissão executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja, a ministra considerou que foi "uma questão puramente de semântica".
A decisão do Governo de exonerar Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, invocando justa causa, foi anunciada pelo ministro das Finanças a 6 de março, com base num relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), por causa do pagamento de 500.000 euros feito à ex-administradora Alexandra Reis para que deixasse a empresa.
A 19 de abril, o Governo justificou a recusa em enviar à comissão de inquérito da TAP os pareceres jurídicos que deram respaldo à demissão da anterior presidente executiva da companhia aérea com a necessidade de "salvaguarda do interesse público".
[Notícia atualizada às 15h49]
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