Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones recuou 0,68% e o alargado S&P500 perdeu 0,38%. Ao contrário, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,47%.
O banco regional norte-americano First Republic continuou a sua descida aos infernos, ao fechar em baixa de 29,75%, suscitando inquietações sobre um endurecimento das condições de crédito nos EUA.
"A vaga altista depois dos sólidos resultados da Microsoft", publicados depois do fecho bolsista na terça-feira, "ajudou a que os principais índices subissem durante a manhã (...), mas as inquietações sobre os bancos persistiram e reavivaram a aversão ao risco", resumiram os analistas da Schwab.
Reforçados no seu otimismo com os anúncios positivos de Microsoft e Alphabet, os investidores acabaram por perder o entusiasmo na segunda parte do dia, com a continuação da derrocada do First Republic.
A cotação deste banco californiano foi, aliás, suspensa por várias vezes no Nasdaq. A queda de hoje, em 29,75%, seguiu-se à desvalorização em mais de 50% da cotação na véspera, depois de se conhecer a notícia de que os seus depósitos tinham encolhido em 100 mil milhões de dólares no primeiro trimestre.
"O First Republic está a lutar pela sobrevivência e procura obter a ajuda dos grandes bancos, mas o seu futuro é sombrio", considerou Edward Moya, analista da Oanda. Tanto mais que, acrescentou, o governo não parece querer intervir.
Para Hugh Johnson, da Hugh Johnson Economics, "provavelmente é prematuro pensar que todo o setor bancário tem problemas tão importantes como os do First Republic, porque, no seu conjunto, as condições de depósito e crédito estabilizaram".
Mas este economista considerou que "a combinação de taxas de juro mais elevadas e uma deterioração das condições de crédito implica que possa ocorrer uma aterragem brutal da economia", em afirmações à AFP.
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