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Conselho de Ministros aprova pagamento de meia pensão aos bancários

O decreto-lei que vai permitir o pagamento da meia pensão aos pensionistas do setor bancário foi hoje aprovado em Conselho de Ministros, segundo um comunicado hoje publicado no portal do Governo.

Conselho de Ministros aprova pagamento de meia pensão aos bancários
Notícias ao Minuto

17:18 - 27/04/23 por Lusa

Economia Conselho de Ministros

"Foi aprovado o decreto-lei que cria o complemento excecional para pensionistas do setor bancário", refere um comunicado emitido hoje após a reunião, que decorreu em Algés.

"Por razões justiça e de equidade, concretiza-se uma solução jurídica que alarga aos pensionistas do setor bancário o complemento excecional a pensionistas atribuído em outubro de 2022 no âmbito das medidas de apoio às famílias para mitigação dos efeitos da inflação", acrescentou o executivo no documento.

O diploma foi aprovado cerca de dois meses depois da assinatura de um memorando de entendimento entre sindicatos e ministro das Finanças.

Assim, os reformados bancários dos fundos de pensões privados da banca vão receber um valor equivalente a meia pensão, numa medida que abrange mais de 50 mil pensionistas, disse em fevereiro o secretário-geral da UGT, Mário Mourão, após a assinatura do acordo entre Governo, banca e sindicatos bancários da UGT.

Na ocasião, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, afirmou que a medida deverá ter um custo para o Estado próximo dos 40 milhões de euros.

Em outubro passado, no âmbito do pacote de apoios às famílias para responder à inflação, o Governo pagou um complemento excecional aos pensionistas (reformados da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações) equivalente a cerca de meia pensão. Contudo, o pagamento não incluiu os bancários que recebem exclusivamente pensões de reforma pagas pelos fundos de pensões dos bancos, o que levou à contestação dos sindicatos.

No passado dia 24 de fevereiro, Governo, Associação Portuguesa de Bancos (APB) e os sindicatos bancários da UGT assinaram este memorando de entendimento, que estabelecia que o dinheiro seria adiantado pelos fundos de pensões dos bancos e depois pago a estes pelo Estado.

Na ocasião, Santos Félix explicou que o complemento seria financiado pelo Orçamento Geral do Estado.

"A diferença aqui é que o pagamento é feito pelos fundos de pensões porque são estes que têm uma relação financeira, direta, com estes pensionistas", afirmou, então, Santos Félix.

Como aconteceu no ano passado, o apoio extra equivalente a 50% da pensão é atribuído a pensionistas com pensões de valor inferior a 12 Indexantes de Apoios Sociais (IAS), cerca de 5.300 euros. O valor é tributado em IRS de forma autónoma da pensão mensal.

No caso destes pensionistas que receberam o apoio de 125 euros (atribuído pelo Governo também em outubro para trabalhadores com rendimento até 2.700 euros mensais brutos), esse valor será descontado na meia pensão, disse o secretário de Estado.

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