A taxa de inflação voltou a cair em abril e está agora nos 5,7%, o que significa que a subida dos preços voltou a abrandar, de acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira.
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 5,7% em abril de 2023, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", refere o INE.
Contudo, esta desaceleração "é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em abril de 2022".
O indicador de inflação subjacente - índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos - terá registado uma variação de 6,6% (7,0% no mês precedente).
Subida dos preços dos alimentos também abranda
A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -12,7% (taxa inferior em 8,3 p.p. face ao mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para 14,1% (19,3% em março).
"Importa referir que a grande maioria dos preços considerados no apuramento do IPC de abril foram recolhidos antes da entrada em vigor da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais, pelo que os eventuais efeitos desta medida só terão efetivamente impacto no IPC em maio", adianta o INE.
Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 0,6% (1,7% em março e 2,2% em abril de 2022). Estima-se uma variação média nos últimos doze meses de 8,6% (8,7% no mês anterior).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 6,9% (8,0% no mês precedente).
Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de abril de 2023 serão publicados no próximo dia 11 de maio.
[Notícia atualizada às 11h05]
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