No inquérito do Banco Central Europeu (BCE) às maiores empresas da zona euro realizado entre 30 de março e 13 de abril, muitas empresas afirmaram que o crescimento dos salários é a sua "principal preocupação", tal como no inquérito anterior de janeiro, e previram um crescimento de 5% em 2023, em comparação com 3% em 2022.
Muitas empresas efetuaram também pagamentos pontuais significativos aos trabalhadores em 2022 e/ou 2023.
A maioria das empresas de bens de consumo, retalho e construção afirmou que a sua atividade diminuiu, mas a procura de serviços de consumo e a produção de bens de equipamento aumentaram.
A atividade no setor industrial é influenciada por forças que vão em direções opostas.
"Por um lado, a inflação elevada, associada ao abrandamento da procura de certos artigos por parte dos consumidores durante a pandemia da covid-19, continua a deprimir a procura de muitos bens de consumo", afirma o BCE.
Mas, desde meados de 2022, muitas empresas reduziram as existências e provocaram mudanças divergentes na procura de bens intermédios.
A atividade do setor da construção é afetada negativamente pela menor procura de empreendimentos residenciais devido aos custos mais elevados dos fatores de produção e de financiamento.
A rápida melhoria dos problemas de oferta impulsionou a produção, principalmente no setor dos bens de equipamento.
"As cadeias de abastecimento voltaram ao normal", segundo as principais empresas da zona euro.
A atividade do comércio retalhista e do transporte de mercadorias é fraca, mas a procura de serviços de viagens, turismo e tecnologias da informação está a crescer fortemente.
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