Corte do rating francês é "negativo" para exportações portuguesas
Os industriais portugueses de mobiliário estão "preocupados" com o impacto nas exportações do recente corte do 'rating' da dívida pública de França, o principal destino das exportações deste sector.
© Lusa
Economia Mobiliário
"O 'Cluster' das Empresas de Mobiliário de Portugal alerta para os possíveis efeitos negativos para as exportações de mobiliário português, atendendo à crescente contracção das economias europeias", refere em comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo salienta, o sector exportou "mais de mil milhões de euros em 2011, tendo crescido face ao ano anterior, e as estimativas de 2012 apontam para novo crescimento".
Contudo, absorvendo o mercado intracomunitário cerca de dois terços do total, e sendo os dois principais destinos França (32%) e Espanha (29%), há um "aumento do risco para um sector exportador vital para o país".
Ainda assim, o presidente do Cluster do Mobiliário, Emídio Brandão, considera que "estes tempos difíceis têm providenciado um duro teste à capacidade do sector e ele tem dado uma resposta que só surpreende aqueles que não conhecem a qualidade dos produtos portugueses e a resiliência do tecido empresarial".
Na tentativa de "diminuir os efeitos do abrandamento da economia europeia", o 'Cluster' do Mobiliário tem vindo a focar a sua estratégia na diversificação de mercados, designadamente através do projecto 'Portugal Home Style', um roadshow de uma "casa de Portugal" a concretizar em parceria com os sectores nacionais da moda, têxtil, gastronomia e vinhos e que, no próximo ano, percorrerá grandes cidades como Xangai, São Paulo e Nova Iorque.
Para Emídio Brandão, este projecto "é um exemplo da estratégia de coordenação para o sector" que o Cluster do Mobiliário preconiza, "com acções planeadas que partem de um diagnóstico alargado, orientadas para o estímulo de redes e plataformas de negócio em mercados de elevado potencial, como o chinês".
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