Nas previsões económicas de primavera divulgadas hoje, Bruxelas dá nota de que depois de atingir 10,2% no quarto trimestre de 2022, a inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) moderou para 8,4% no primeiro trimestre de 2023, uma redução impulsionada em grande parte pelos preços mais baixos da energia, enquanto os preços dos alimentos continuaram elevados.
O executivo comunitário acredita que a inflação deverá registar uma nova moderação ao longo do horizonte de previsão, "impulsionada inicialmente pelo índice de preços da energia e posteriormente pelos bens alimentares e não industriais".
"Em 2023, a moderação dos preços dos alimentos é também suportada por uma suspensão das taxas de IVA para produtos alimentares essenciais, com vigência a partir de 18 de abril até ao final de outubro", assinala.
Nas anteriores projeções, Bruxelas previa para Portugal uma taxa de inflação de 5,4% este ano e de 2,6% em 2024.
No Programa de Estabilidade, entregue em abril, o Governo português prevê uma taxa de inflação de 5,1% este ano e de 2,9% em 2024.
A Comissão Europeia reviu hoje novamente em alta a previsão de taxa de inflação na zona euro para 2023, sendo agora de 5,8% face aos 5,6% anteriormente previstos, admitindo que está a revelar-se "mais persistente".
Bruxelas aponta que a taxa de inflação "voltou a surpreender" pela sua tendência de subida, pelo que se prevê agora 5,8% este ano na área da moeda única, que compara com 5,6% nas anteriores projeções de inverno, publicadas em fevereiro.
Para 2024, a previsão é de uma taxa de inflação na zona euro de 2,8% quando anteriormente se previa 2,5%.
No conjunto da UE, a projeção é de uma taxa de inflação de 6,7% este ano e de 3,1% no seguinte, o que compara com 6,4% e 2,8%, respetivamente, estimadas nas previsões de inverno.
[Notícia atualizada às 10h44]
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