BCP diz que não sabe se "já passou o pior ou não" na operação da Polónia
O presidente executivo do BCP disse hoje que não sabe dizer se já passou o pior momento do banco que o grupo detém na Polónia devido aos riscos jurídicos e políticos associados àquela operação.
© Global Imagens
Economia Millennium BCP
"Não sei dizer se a Polónia já passou o pior ou não. O risco que temos não é um risco de negócio, é um risco que temos classificado como político-jurídico. Risco de negócio sabemos gerir, riscos político-jurídicos é muito difícil perceber o que temos pela frente", afirmou Miguel Maya, em conferência de imprensa, considerando o contexto da operação polaca de ainda "elevadíssima incerteza".
O BCP teve lucros de 215 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 90% face ao resultado do primeiro trimestre de 2022.
Em informação hoje ao mercado, o banco disse que o aumento dos lucros foi conseguido "apesar dos efeitos adversos relacionados com o Bank Millennium", o banco que o BCP tem na Polónia e onde tem tido perdas relacionadas com créditos concedidos em francos suíços.
Entre janeiro e março, o BCP teve encargos de 205,7 milhões de euros associados à carteira de empréstimos hipotecários em francos suíços da operação na Polónia (provisões, riscos legais). Já em sentido positivo, também na Polónia, teve ganhos de 127 milhões de euros com a venda da participação da Millennium Financial Services.
No primeiro trimestre deste ano, o BCP conseguiu lucros na operação da Polónia, de 53,6 milhões de euros, que comparam com prejuízos de 26 milhões de euros do mesmo trimestre de 2022.
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