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Relatório da IGF? "É de tal maneira sólido que não é preciso mais nada"

A chefe de gabinete de João Galamba considerou esta noite que o relatório da IGF sobre a indemnização de Alexandra Reis "é de tal maneira sólido" que não era preciso mais fundamentação para exonerar os presidentes da TAP.

Relatório da IGF? "É de tal maneira sólido que não é preciso mais nada"
Notícias ao Minuto

07:11 - 18/05/23 por Lusa

Economia IGF

"Esse relatório [da Inspeção-Geral de Finanças] contém em si uma fundamentação total, do meu ponto de vista, e cabal para o procedimento de destituição [dos ex-presidentes da TAP]. [...] O relatório é de tal maneira sólido que não é preciso mais nada", defendeu a chefe de gabinete de João Galamba, Eugénia Correia, na comissão de inquérito à TAP.

A responsável estava a ser questionada pelo deputado Filipe Melo, do Chega, sobre um email classificado como confidencial mas divulgado por alguns órgãos de comunicação social, em que Eugénia Correia transmite a vários membros do Governo, com conhecimento de João Galamba, que discorda dos despedimentos por justa causa e alega que os argumentos jurídicos são fracos e facilmente rebatíveis em tribunal, segundo a CNN.

"É um documento classificado, cujo conteúdo não vou pronunciar, mas há uma coisa que posso dizer, que é sobre o que não está lá. O que não está lá escrito é que o relatório da IGF não seja ele próprio -- e só por si - mais do que suficiente, com fundamentação mais do que suficiente para promover o procedimento", realçou.

A também jurista explicou que aquele email foi enviado no âmbito da elaboração da deliberação unânime - assinada pela DGTF e pela Parpública - para a exoneração de Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, "no qual colaboraram muitos juristas" com estratégias diferentes.

Eugénia Correia disse ser comum haver juristas com estratégias mais objetivas e outros que entendem que as argumentações devem utilizar todos os argumentos possíveis e, "às vezes, laterais".

"Nada nesse documento [email] coloca em causa a solidez do relatório da IGF, o que nesse documento se discorda é de estratégias que foram delineadas no âmbito daquela deliberação unânime, que pretendem usar mais argumentos do que o relatório. O que aí está é que esses argumentos, do meu ponto de vista, laterais, não são os melhores, não são argumentos sólidos", sublinhou a chefe de gabinete de Galamba.

Em 06 de março, o ministro das Infraestruturas e o ministro das Finanças, Fernando Medina, anunciaram em conferência de imprensa os resultados de uma auditoria da IGF à indemnização de meio milhão de euros paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis.

Com base naquele relatório, que considerou nulo o acordo de saída de Alexandra Reis celebrado com a TAP, o Governo decidiu avançar para a exoneração por justa causa do então presidente do Conselho de Administração e da então presidente da Comissão Executiva.

Leia Também: TAP. Ministro João Galamba ouvido esta 5.ª-feira na comissão de inquérito

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