De acordo com a 'Síntese Económica de Conjuntura' do Instituto Nacional de Estatística (INE), "o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, aumentou, em termos homólogos, entre janeiro e março, de forma mais intensa em janeiro, após ter diminuído em novembro e dezembro e desacelerado significativamente em setembro e outubro".
Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre janeiro e abril.
"Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para março, apontam para uma desaceleração nominal na indústria e nos serviços, bem como uma diminuição real na indústria e uma aceleração na construção", detalha o INE.
Na perspetiva da despesa, "o indicador de atividade económica aumentou de forma menos intensa em março, verificando-se uma diminuição do indicador de investimento e uma aceleração do indicador de consumo privado".
Segundo o INE, o índice de preços na produção industrial "apresentou em abril uma taxa de variação homóloga negativa (-0,9%), o que não acontecia desde fevereiro de 2021, após crescimentos de 8,9% e 0,1 % em fevereiro e março, na sequência do perfil ininterrupto de desaceleração observado desde julho de 2022".
"O agrupamento de 'energia' foi decisivo para a redução do índice total, com taxas de -21,5% e -17,9% em março e abril, respetivamente", detalha, acrescentando que, excluindo a componente energética, este índice desacelerou para 4,7% (8,1% em março).
Quanto ao índice relativo aos bens de consumo, registou uma variação homóloga de 9,9% (11,6% no mês anterior), "desacelerando pelo quinto mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%)".
Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 5,7% em abril, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais à observada no mês anterior, tendo o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerado, passando de uma variação homóloga de 19,3% em março, para 14,2% em abril.
Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens, em março, registaram variações de 4,8% e -2,2%, respetivamente (7,1% e 4,4% em fevereiro).
De acordo com o Inquérito ao Emprego do INE, no primeiro trimestre de 2023, a taxa de desemprego foi de 7,2%, mais 0,7 pontos percentuais que no trimestre anterior (5,9% no 1.º trimestre de 2022).
O número de desempregados aumentou 23,3% em termos homólogos (variação homóloga de 3,7% no trimestre anterior), tendo a taxa de subutilização do trabalho sido superior em 0,8 pontos percentuais à do quarto trimestre, fixando-se em 12,5% e abrangendo 680,7 mil pessoas (633,1 mil no trimestre anterior).
O emprego total aumentou 0,4% face ao trimestre anterior e 0,5% em termos homólogos (variação homóloga de 0,5% no 4.º trimestre), o volume de horas efetivamente trabalhadas apresentou um aumento homólogo de 3,4% (variação de 4,6% no trimestre anterior) e a população ativa cresceu 1,8% em termos homólogos.
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