Muito se tem falado nos últimos dias sobre os certificados de aforro, que sofreram algumas mudanças, desde logo porque o Governo anunciou o lançamento de uma nova série, com uma taxa de juro mais baixa. Contudo, são uma "solução de poupança atrativa para quem tem aversão ao risco", diz a DECO Proteste.
"Como tem capital garantido, todo o dinheiro que aplicar em certificados ficará seguro e a poupança ainda sai enriquecida com juros, que estão indexados à Euribor a 3 meses e que capitalizam de três em três meses", explica a organização de defesa do consumidor.
Antes de mais, importa sublinhar que se está interessado neste produto deve criar uma conta aforro, que "não significa ter uma nova conta bancária": "Esta é uma conta aberta na Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), a entidade que gere a dívida pública portuguesa, que não é um banco, e que serve especificamente para a subscrição de títulos do Tesouro, como os Certificados de Aforro e os Certificados do Tesouro. A abertura da conta tem de ser feita presencialmente ao balcão dos CTT".
Subscrever
"Os certificados de aforro são disponibilizados à unidade, correspondendo cada unidade a uma aplicação de um euro. Defina o montante a aplicar e subscreva essa quantidade de Certificados de Aforro. Por exemplo, se deseja aplicar 1.000 euros, terá de subscrever 1.000 unidades de participação", diz a DECO Proteste.
Deve saber, contudo, que "tem de aplicar, no mínimo, 100 euros" e que cada "titular pode subscrever, no máximo, 50 mil unidades, ou seja, pode aplicar, no máximo, 50 mil euros em certificados de aforro".
Consultar
Caso não queira "deslocar-se aos CTT sempre que desejar consultar o saldo da sua aplicação, pode aderir ao sistema Aforro Net e monitorizar, à distância, a evolução da sua poupança". Além disso, através desse site pode também efetuar novas subscrições de certificados de aforro.
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Resgatar
Deve saber ainda que, "nos primeiros três meses da subscrição, não pode resgatar o montante aplicado em certificados de aforro". Depois desse período, "os juros são capitalizados automaticamente, 'engordando' o saldo. Se mantiver os certificados, é esse saldo que passa a capitalizar juros nos três meses seguintes. Ou seja, há um reinvestimento automático".
"Na prática, o saldo vai crescendo a cada três meses, até ao momento em que decida resgatar os certificados. Por isso se diz que os juros capitalizam, já que passam, eles próprio, a render juros também", explica a DECO Proteste.
"Passado o primeiro trimestre após a subscrição, pode resgatar os certificados a qualquer momento, sem ter de apresentar justificações. O valor resgatado é depositado na conta bancária cujo IBAN forneceu inicialmente aos CTT. No caso dos certificados mais antigos, é possível que eles tenham sido subscritos quando não era ainda obrigatório fornecer um IBAN. Nesses casos, quando quiser resgatar esses certificados, tem de o fazer presencialmente e fornecer o IBAN de uma conta bancária da qual seja titular", nota a organização de defesa do consumidor.
É possível resgatar só uma parte? Sim. "Pode resgatar apenas uma parte das unidades subscritas, deixando lá o restante a capitalizar, ou resgatar a totalidade dos certificados. No entanto, a conta aforro nunca poderá ficar aberta com menos de 100 unidades de participação", explica a DECO Proteste.
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