De acordo com os resultados do inquérito, hoje divulgados, "as empresas da zona euro assinalaram um aumento contínuo da sua faturação, enquanto os custos laborais, de produção e juros penalizaram a sua rentabilidade".
As grandes empresas apontam uma melhoria superior da sua atividade empresarial e faturação do que as pequenas e médias empresas (PME), sendo que 16% destas referiram que o seu lucro diminuiu, enquanto as grandes empresas disseram que não se alterou.
A quebra na rentabilidade reflete um aumento dos custos laborais, com 77% das empresas a afirmarem que estes encargos aumentaram, o que representa um máximo histórico no inquérito.
A subida das taxas de juro também teve um impacto negativo na rendibilidade das empresas da área do euro.
Adicionalmente, 89% das empresas inquiridas reportaram que os seus custos com materiais e energia aumentaram, uma percentagem ligeiramente inferior à do inquérito anterior. Ainda assim, antecipam um aumento maior da faturação nos próximos seis meses.
As principais preocupações apontadas pelas empresas são a falta de mão de obra qualificada e o aumento dos custos de produção.
As empresas da zona euro que reportaram uma deterioração das condições financeiras registaram também um máximo desde que o BCE começou a realizar o inquérito sobre o acesso das empresas ao financiamento, em 2009, assim como a percentagem de empresas que afirma que os preços e as condições dos empréstimos bancários estão mais exigentes.
O BCE realizou este inquérito entre 06 de março e 14 de abril de 2023, abrangendo o período de outubro de 2022 a março de 2023.
A amostra inclui as respostas de 10.983 empresas, das quais 10.085 (92%) são PME (empresas com menos de 250 trabalhadores).
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