A ministra da Agricultura e da Alimentação de Portugal, Maria do Céu Antunes, está em São Tomé e Príncipe no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, e reuniu-se hoje com o seu homólogo Abel Bom Jesus para analisar a cooperação entre os dois ministérios.
"Aquilo que trabalhámos aqui neste encontro foi de que maneira é que Portugal e São Tomé podem cooperar, seja no domínio da investigação, do desenvolvimento tecnológico da mecanização dos sistemas de produção agrícola, de que maneira é que nós podemos ajudar a capacitar o próprio ministério, organizando-se, nomeadamente para a criação da lei de base da agricultura, que no fundo é um planeamento estratégico para percebermos bem qual é o caminho que temos que traçar e que é urgente que o possamos fazer", disse Maria do Céu Antunes no final do encontro.
"Nós sentimos durante a pandemia e a guerra que temos desafios grandes pela frente. Sentimos o efeito das alterações climáticas, sentimos também aquilo que é a perspetiva de crescimento demográfico no mundo, onde nós temos que fazer com que a alimentação seja uma oportunidade para a igualdade de oportunidades", referiu a ministra portuguesa.
Maria do Céu Antunes reforçou que num encontro com Abel Bom Jesus em Lisboa já haviam manifestado o "compromisso de estreitar estas relações" entre os dois ministérios.
"O plano estratégico para a cooperação [entre os dois governos] vem agora intensificar esta nossa disponibilidade e, portanto, estamos juntos e nada mais que fazê-lo neste dia de Portugal e de Camões, onde celebramos esta nossa história, esta nossa identidade e que isso só pode mesmo é fortalecer a nossa capacidade de construirmos o nosso futuro comum e coletivo", sublinhou.
Segundo a ministra, o plano de cooperação no domínio da agricultura "tem o primeiro foco sobre a capacitação" com deslocações de técnicos do Ministério da Agricultura português para São Tomé, e também levar são-tomenses para poderem aprofundar o seu conhecimento nas instituições em Portugal.
"Em Portugal, no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, temos a maior coleção de plantas produtoras de café dos países de língua portuguesa e temos a obrigação de disponibilizar essa mesma coleção no sentido de criar oportunidades, por exemplo, aqui em São Tomé, para através da produção de café e do cacau, que são os dois produtos de excelência deste território, dotarmos a capacidade para fazer mais do ponto de vista da exportação", referiu.
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