Esta decisão foi conhecida no dia seguinte aos dados divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano, dando conta de que a inflação nos Estados Unidos desacelerou significativamente de 4,9% em abril deste ano, para 4% no mês de maio, o valor mais baixo registado desde março de 2021.
No comunicado em que divulgou hoje a decisão, tomada por unanimidade pelo seu comité de política monetária, a Fed ressalvou, no entanto, que continua muito atenta "aos riscos de inflação", considerando que se mantém "elevada" e reforçando o objetivo de atingir a meta de 2% neste indicador.
Segundo a Fed, a manutenção deste intervalo permitirá ao comité "avaliar informação adicional e as suas implicações para a política monetária".
"O comité está fortemente empenhado em fazer regressar a inflação ao seu objetivo de 2%", destacou.
Ainda assim, a Fed alertou que irá continuar a monitorizar as implicações da informação que recebe sobre as perspetivas económicas para o país.
"O comité estará preparado para ajustar a sua orientação sobre a política monetária, conforme apropriado, caso surjam riscos que possam impedir que sejam atingidas as metas" a que se propôs.
Segundo a mesma nota, as avaliações do comité terão em conta uma "vasta gama de informação", incluindo sobre as condições do mercado de trabalho, pressões e expectativas acerca da inflação e desenvolvimentos financeiros e internacionais.
Em termos mensais, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) nos Estados Unidos apresentou um crescimento de 0,1% em maio, face aos 0,4% observados em abril, referiu o Departamento do Trabalho norte-americano em comunicado na terça-feira.
A inflação anual saiu em linha com as previsões dos analistas, mas recuou mais do que o esperado em termos mensais, já que o mercado apontava para uma subida dos preços em 0,4% em maio.
[Notícia atualizada às 19h51]
Leia Também: Wall Street termina em alta tranquilizada pelo abrandamento da inflação