Antes desta cerimónia, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente do Senegal, Macky Sall, estiveram reunidos em São Bento, encontro a que seguiu um almoço oferecido pelo líder do executivo português ao chefe de Estado senegalês.
Na rede social Twitter, após o encontro com Macky Sall, o primeiro-ministro português escreveu que "há já uma importante presença de empresas portuguesas no Senegal", mas considerou que existe "ainda muito potencial para explorar em áreas como a economia azul, a energia, ou as infraestruturas".
Além do acordo entre agências para o comércio externo e investimentos dos dois países, os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Senegal fecharam um memorando de entendimento no domínio da aquicultura
Uma convenção que, segundo o executivo de Lisboa, "foi proposta pela parte senegalesa ao abrigo do Plano Emergente do Senegal (PES), que considera a aquicultura como um importante subsetor da soberania alimentar".
Entre outros aspetos, a convenção prevê a "cooperação no domínio da formação, através do reforço da capacitação dos especialistas e de programas conjuntos, e visa a promoção da investigação científica conjunta em aspetos relacionados com a aquicultura, bem como facilitar a cooperação no quadro de organizações multilaterais".
Pela parte portuguesa, o ministro João Gomes Cravinho assinou ainda com o seu homólogo senegalês mais dois memorandos nos domínios da juventude e do desporto.
No que respeita ao documento relativo ao desporto, prevê-se a concessão de "apoio de candidaturas a financiamento destinado à melhoria das infraestruturas, o intercambio de experiências nas áreas de medicina desportiva e combate ao doping", assim como a "gestão de centros de treino para jovens, na formação de executivos e pela participação em eventos comuns, como cursos, seminários conferencias e competições".
Neste seu primeiro dia de visita a Portugal, antes de se deslocar a São Bento, o Presidente do Senegal foi recebido pelo chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém.
Perante o Presidente do Senegal, Marcelo Rebelo de Sousa, assinalou dificuldades e desafios da democracia, referindo que esta implica o respeito pelos direitos humanos e pluralismo, diálogo e tolerância.
"É muito importante haver democracia aqui em Portugal e democracia entre vós no Senegal. É difícil, certamente. A democracia é mais difícil do que a ditadura, porque ela respeita os direitos humanos, respeita o pluralismo, porque ela vive do diálogo e da tolerância", afirmou o Presidente português.
Falando em francês, com o Presidente do Senegal ao seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa prosseguiu: "Porque ela não se faz só da democracia política ou pessoal, mas da democracia económica e social, da justiça social, ao mesmo tempo, do combate a tudo o que é assimétrico e desigual na vida das pessoas".
"E hoje em dia com o que chamamos por vezes de populismos, o que chamamos por vezes de movimentos inorgânicos, de novas realidades para além das realidades clássicas, há desafios que são novos para as democracias, sobretudo, falando da democracia mediática, com os antigos media e os novos media", apontou.
"Então, isso aproxima-nos, esta visão", acrescentou.
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