IVA Zero. Após dois meses, quais são os alimentos cujo preço desceu mais?
De acordo com a DECO Proteste, o cabaz alimentar tem atualmente um custo de 128,64 euros.
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Economia IVA Zero
Dois meses depois de o IVA Zero entrar em vigor, a 18 de maio, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO Proteste) faz, esta quinta-feira, um balanço sobre os preços dos alimentos incluídos neste cabaz de bens essenciais.
Segundo um artigo publicado na sua página, o cabaz com 46 alimentos vê a maioria destes com o seu preço reduzido, havendo, no entanto, sete alimentos que estão mais caros do que estavam antes da implementação desta medida, cuja lei "prevê a aplicação transitória de uma isenção de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) com direito à dedução (taxa zero) aos produtos alimentares do cabaz alimentar essencial saudável, como medida excecional e temporária de resposta ao aumento extraordinário dos preços dos bens alimentares".
Mas, afinal, quais os produtos cujo preço mais desceu?
Segundo a análise do DECO Proteste, "o óleo alimentar, o tomate, a pescada fresca e o carapau foram os produtos" que viram o seu preço descer mais.
"Desde que a isenção de IVA em 46 tipos de alimentos entrou em vigor, há dois meses, o preço do cabaz de 41 bens alimentares essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE desceu 10,13 euros (-7,3%). Custa agora 128,64 euros", notam ainda os responsáveis.
E quais os alimentos que estão mais caros?
Apesar de as contas da DECO Proteste concluírem que a maioria dos produtos monitorizados desceu nas últimas semanas, os especialistas referem ainda que há produtos em que a descida "ficou aquém dos 6% de IVA a que eram taxados anteriormente".
"Sete produtos estão inclusive mais caros do que antes de terem passado a ter IVA a zero por cento", referem, exemplificando com o caso da maçã gala, que, de acordo com a análise, custava esta semana mais 20,37% do que a 17 de abril, véspera da implementação da isenção de IVA.
Também os brócolos estavam 16,27% mais caros no mesmo período, assim como a massa em espirais, que aumentou 7,57%. O atum posta em óleo vegetal também faz parte desta lista, custando mais mais 6,47%, assim como o pão de forma sem côdea (6,04), da maçã golden (4,26%) e a batata-vermelha, que aumentou 0,82 por cento.
Portugal não é o único país a tentar conter o aumento dos preços, dado que em Espanha também foi dada 'luz verde' à isenção do IVA em alguns bens alimentares essenciais, no início de 2023. A DECO Proteste aponta, no entanto, que a imprensa espanhola dá conta de que os preços dos alimentos "continuam a subir, devido aos aumentos dos preços dos fatores de produção do setor agroalimentar".
"Já em França, a solução adotada para travar as subidas de preços na alimentação foi um acordo entre o Governo e as cadeias de distribuição alimentar para um 'trimestre anti-inflação'", refere a associação, explicando que as empresas de retalho alimentar comprometeram-se a disponibilizar, durante três meses, alguns produtos ao preço mais baixo possível.
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