Segundo um relatório da Caixa Geral de Aposentações (CGA), 52% das reformas concedidas no ano passado foram resposta a pedidos de reforma antecipada. O documento divulgado refere que o elevado número de pedidos que deram entrada no final de 2012 se deveu à tentativa de evitar o agravamento das penalizações para o acesso à reforma, noticia o Diário Económico.
O “afluxo excecional” de pedidos – segundo o relatório – terá estado na base desta mudança, que fez com que 52% das reformas atribuídas em 2013 fossem reformas antecipadas, quando no ano anterior as reformas antecipadas representavam apenas 36,3%.
A saída de funcionários públicos por via da aposentação, ao mesmo tempo que tem havido um controlo mais rígido nas admissões, tem sido a aposta do Governo para diminuir o número de funcionários no Estado.
O facto de em janeiro do ano passado a idade exigida para a reforma dos trabalhadores do Estado ter passado para os 65 anos, bem como a expectativa de maiores penalizações terá contribuído para este aumento. Dos 29.815 pedidos de reforma feitos no último trimestre de 2012, 17.577 foram feitos em dezembro.
Segundo pormenoriza o Diário Económico, esta alteração na idade de aposentação implicou na mesma efeitos na taxa de penalização das novas pensões antecipadas, que, em 2013, aumento para os 14.6% - em 2012 tinha sido de 12,2%. Recorde-se ainda que em 2014 a idade da reforma voltou a subir, agora para os 66 anos.