Segundo a página do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública na agência Bloomberg, foram colocados 467 milhões de euros em "OT 1,95% 15jun2029" (seis anos) à taxa de juro de 3,181%, com a procura a cifrar-se em 696 milhões de euros, 1,49 vezes o montante colocado.
Em "OT 0,9% 12out2035" (12 anos) foram colocados 282 milhões de euros à taxa de juro de 3,587%, tendo a procura atingido 1.856 milhões de euros, 6,58 vezes o montante colocado.
Assim, nos dois leilões de hoje, foram colocados 749 milhões de euros nas duas linhas de OT, abaixo do limite máximo do montante indicativo anunciado, de 750 milhões de euros.
O IGCP tinha anunciado para hoje um leilão de duas linhas de OT com um montante indicativo entre 750 e 1.000 milhões de euros.
No anterior leilão de OT a 12 anos, realizado em 08 de março, foram colocados 918 milhões de euros à taxa de juro média de 3,744% e a procura atingiu 1.178 milhões de euros, 2,27 vezes o montante colocado.
Em relação ao prazo mais curto, o último leilão realizou-se em 07 de fevereiro de 2022, quando foram colocados 544 milhões de euros à taxa de juro média de 0,603%, tendo a procura atingido 1.122 milhões de euros, mais do dobro do montante colocado.
Comentando os resultados dos leilões de hoje, Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, sublinhou que "o BCE anunciou que iria fazer mais duas subidas nas taxas, movimento que tem penalizado as 'yields' de curto prazo", mas que, no entanto, a expectativa do mercado é que taxas mais elevadas e por um período mais longo acabem por conduzir a um arrefecimento económico".
"O prémio de risco de Portugal tem sido o mais reduzido dos países da periferia, fruto do bom desempenho económico e da redução que se tem vindo a fazer do nível de endividamento", afirmou Filipe Silva, acrescentando que "estes fatores estão a ser fundamentais para que no 'rollover' da dívida com taxas mais elevadas, como é a situação atual, Portugal não esteja a pagar prémios de risco mais elevados".
[Notícia atualizada às 11h53]
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