Cabo Verde quer economia azul a contribuir com 25% do PIB até 2030

O governo de Cabo Verde quer que a economia azul contribua com 25% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, gerando 35 mil empregos e tornar-se num setor exportador, disse hoje o vice-primeiro-ministro.

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Lusa
21/07/2023 18:26 ‧ 21/07/2023 por Lusa

Economia

Cabo Verde

"A economia azul é o segundo acelerador do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde e tem potencial para, até 2030, gerar cerca de 25% do PIB e 30 a 35 mil empregos diretos, ou seja, tornar-se num setor exportador, na segunda âncora após o turismo e num dos principais setores empregadores", traçou Olavo Correia.

Ao discursar, na Praia, na cerimónia de abertura de um ateliê de apresentação de progressos do projeto conjunto "Conectar os atores da economia azul: gerar emprego, melhorar os meios de subsistência e mobilizar recursos", o também ministro das Finanças frisou que a estratégia é para a mudança de paradigma com relação ao mar.

"De maneira a transformá-lo numa das principais âncoras do desenvolvimento, da diversificação e da especialização da economia cabo-verdiana", completou, dizendo que o governo de Cabo Verde pretende continuar a contar com a parceria e a contribuição do Sistema das Nações Unidas para enfrentar e vencer estes desafios.

O projeto "Conectar os atores da economia azul: gerar emprego, melhorar os meios de subsistência e mobilizar recursos" é uma iniciativa das Nações Unidas, que está a ser executada no âmbito do programa "Construindo Resiliência e Acabando com a Vulnerabilidade em Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento".

"Saudamos o projeto «Conectar os Atores da Economia Azul» a ser implementado por diferentes agências das Nações Unidas em colaboração com diferentes ministérios, parceiros da sociedade civil e setor privado com a coordenação técnica da FAO", afirmou o ministro de Cabo Verde, arquipélago com 99% de mar.

O vice-primeiro-ministro sublinhou ainda o facto de o projeto poder, entre outros aspetos, contribuir para atenuar o problema da exclusão socioeconómica e financeira das mulheres e dos jovens, nas comunidades piscatórias.

Por sua vez, a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia Portela de Sousa, explicou que se trata de um projeto-piloto, que vai funcionar em três níveis, designadamente comunitário, nacional e internacional.

Dando conta que o projeto está em "bom caminho", a responsável indicou que já foi realizado um estudo da Cadeia de Valor da Pesca Artesanal de Tunídeos em Cabo Verde, bem como a estratégia para o desenvolvimento da pesca do atum e da cavala preta para os próximos dez anos e incubação de negócios azuis com 36 empresários selecionados com mentores individuais.

Leia Também: JMJ. Presidente de Cabo Verde pede para representarem país com dignidade

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