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Lucros do BCP aumentam quase sete vezes para 423 milhões no 1.º semestre

O BCP teve lucros de 423,2 milhões de euros no primeiro semestre, quase sete vezes os 62,2 milhões de euros registados dos primeiros seis meses de 2022, divulgou hoje o banco.

Lucros do BCP aumentam quase sete vezes para 423 milhões no 1.º semestre
Notícias ao Minuto

17:26 - 27/07/23 por Lusa

Economia BCP

A margem financeira (a diferença entre os juros pagos nos depósitos e os juros pagos no crédito) do grupo cresceu 39,5% para 1.374,4 milhões de euros, destacando o banco o crescimento superior a 60% da margem financeira em Portugal para 430,5 milhões de euros. Já as comissões ficaram praticamente estáveis em 387 milhões de euros.

Ainda no primeiro semestre houve o ganho extraordinário de 127 milhões de euros da venda na Polónia da seguradora Millennium Financial Services e o banco diz que para o crescimento dos lucros "contribuiu ainda o facto de, no primeiro semestre do ano anterior, o resultado ter sido fortemente penalizado pela constituição de imparidades, no montante de 102,3 milhões de euros, referentes à totalidade do 'goodwill' associado à participação que o grupo detém no Bank Millennium, na Polónia".

Do lado dos custos, os custos operacionais aumentaram 8,8% para 561,5 milhões de euros, o que atribui sobretudo à inflação. Os custos com o pessoal subiram 8,4% para 308 milhões de euros, desde logo devido à atividade em Portugal (mais 6% para 175,7 milhões de euros, em que se inclui).

O BCP tem 6.256 trabalhadores em Portugal, mais dois do que há um ano. O banco ainda não chegou a acordo com os sindicatos para aumentos salariais este ano, tendo decidido atualizar os salários unilateralmente em 3%. Hoje, o presidente executivo, Miguel Maya, disse não haver novidades sobre o tema.

Relacionado com a Polónia, o BCP registou encargos com 399,12 milhões de euros (dos quais provisões para perdas de 331,63 milhões de euros) relacionados com os créditos hipotecários em francos suíços na operação na Polónia.

Olhando para o balanço, o crédito caiu 1,3% para 57,9 mil milhões de euros, devido sobretudo à atividade em Portugal.

Hoje, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, o presidente executivo, Miguel Maya, disse que a "redução de crédito é marginal e normal" já que é isso que precisamente pretende o Banco Central Europeu (BCE) com o aumento das taxas de juro, "arrefecer a economia".

O rácio de crédito problemático (NPE) desceu de 4,3% em junho de 2022 para 3,7% no fim de junho deste ano.

Por seu lado, os recursos de clientes (em que se incluem os depósitos) caíram em Portugal 1,4% para 66 mil milhões de euros, tendo Maya recusado que os bancos se estejam a aproveitar ao pagar baixos juros dos depósitos.

"Os bancos não se estão a aproveitar de nada", disse, referindo que também no passado quando as taxas era baixas e até negativas os bancos cumpriram contratos que pagavam juros mais elevados.

"Nestes períodos de convergência, de adaptação, há este efeito, não vamos aproveitar nada. O ajustamento de 2008 a 2014 foi francamente desfavorável, este [desde julho do ano passado] é favorável e tende a estreitar-se", acrescentou.

Por fim, quanto a indicadores de solidez, o rácio de capital CET1 do BCP passou para 14% em junho.

Ainda na conferência de imprensa, o BCP estimou que a decisão do BCE de cortar a remuneração das reservas mínimas deverá ter um impacto de cerca de 10 milhões de euros. Contudo, não respondeu quanto ganhou no semestre com as aplicações de depósitos no BCE (hoje o banco central subiu a taxa de depósitos para 3,75%), afirmando Maya que o banco pode aplicar os depósitos em excesso em vários instrumentos, como dívida pública ou outros ativos, e que ao depositar no BCE "não há ganho marginal face a operações alternativas".

[Notícia atualizada às 21h11]

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