As contas nacionais registaram um excedente ajustado de 1.810 milhões de euros até junho, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério das Finanças, esta segunda-feira, em antecipação aos dados da execução orçamental que serão divulgados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
"As Administrações Públicas registam, na ótica da contabilidade pública, um saldo orçamental ajustado de 1.810 milhões de euros no primeiro semestre, o que corresponde a uma melhoria de 600 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2022", pode ler-se num comunicado enviado às redações.
Relativamente à receita, que cresceu 7,7%, em termos ajustados, "mantêm-se as dinâmicas positivas observadas no mercado de trabalho, que justificam cerca de dois terços do aumento: o IRS aumenta 14,8% e as contribuições sociais aumentam 11,3%".
Do lado da despesa, registou-se um aumento de 6,5%, influenciado pelas "medidas de reforço de rendimentos anunciadas no início do ano", bem como "pelo reflexo da inflação nos contratos públicos".
Em junho de 2023, o stock de pagamentos em atraso era de 737 milhões de euros, um valor 12,4% inferior ao de junho de 2022 (- 104 milhões de euros). "Nesta matéria, destaca-se a redução muito significativa nos Hospitais EPE, cujo stock diminuiu 31,8% (ou seja, menos 193 milhões de euros)", pode ainda ler-se no comunicado da tutela.
O Ministério tutelado por Fernando Medina ressalvou que a receita está ajustada dos 3.018 milhões de euros da transferência do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos para a Caixa Geral de Aposentações.
A operação é "neutra" no saldo das contas nacionais, assumindo natureza financeira, mas "releva para a execução na ótica da contabilidade pública"
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