Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa esperam até setembro por resposta
Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa decidiram hoje esperar até setembro por uma resposta da empresa a propostas de aumento do subsídio de refeição e de redução do intervalo para descanso, disse à Lusa fonte sindical.
© Rodoviária de Lisboa
Economia Rodoviária de Lisboa
Segundo Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), nos plenários realizados em Vila Franca de Xira, Santa Iria de Azóia, Bucelas, Caneças e Sacavém, e que levaram à paralisação do serviço durante a manhã de hoje, os trabalhadores concordaram com as propostas apresentadas à empresa relativamente ao aumento do subsídio de refeição e à aceitação de uma forma faseada da redução do intervalo de descanso para refeições de três para duas horas.
"No entanto, vamos esperar que passe o mês de agosto, esperando que em setembro a RL responda à proposta que apresentámos em julho. Em setembro, se nenhuma destas situações for concretizada, voltaremos a plenário com os trabalhadores e eles decidirão novas formas de luta", afirmou a sindicalista.
Anabela Carvalheira afirmou ainda que irá ser "levantado um processo em tribunal relativamente à falta de pagamento aos trabalhadores das refeições" que constam no contrato coletivo de trabalho (CCTV), "que complementam o subsídio de refeição e que até ao momento não estão a ser pagas".
"Quero acreditar que a entidade patronal perceberá o que está em cima da mesa e que em tempo útil irá dar uma resposta", considerou.
Sobre a greve ao trabalho suplementar que está a ser realizada até domingo pelos trabalhadores das transportadoras Barraqueiro Oeste e Boa Viagem, Anabela Carvalheira afirmou que "está a ter uma forte adesão", sobretudo na Barraqueiro Oeste.
Contudo, admitiu que estes trabalhadores "vivem infelizmente muito do trabalho suplementar" e que esta forma de luta "para os trabalhadores representa uma redução muito grande no seu rendimento mensal".
"Não é porque lhes reduzem o ordenado por causa de uma greve, mas porque deixam de ganhar aquilo a que estão habituados a fazer durante todos os meses", disse.
Também estes trabalhadores reivindicam o cumprimento, por parte do Grupo Barraqueiro, de acordos assumidos em 2022 e que se prendem com a aplicação do aumento do subsídio de refeição, que atualmente "é muito baixo".
Pretendem ainda a redução do intervalo de refeição de três para duas horas.
A Barraqueiro Oeste assegura as ligações a Lisboa e os transportes locais dos concelhos de Torres Vedras, parte da Lourinhã, Cadaval e Bombarral (distrito de Lisboa).
A Boa Viagem é responsável pelo transporte público nos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira e a ligação das sedes destes concelhos a Lisboa.
A Rodoviária de Lisboa opera em Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e parte do concelho de Mafra.
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