Este é o décimo quarto aumento consecutivo do preço do dinheiro no Reino Unido, decidido no final da reunião do Comité de Política Monetária da entidade emissora britânica, cujo objetivo é controlar a inflação para que esta se mantenha em 2%.

De acordo com os últimos dados oficiais, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no Reino Unido situou-se em 7,9% nos doze meses até junho, contra 8,7% em maio.

Seis membros do Comité de Política Monetária do banco central britânico votaram a favor da subida das taxas e três votaram contra.

Ao justificar a medida, o banco sublinhou que a inflação está a descer, mas ainda se encontra em níveis muito elevados, e acrescentou que decidiu subir as taxas para garantir que a inflação continue a sua tendência descendente.

O banco avisou também que espera que a inflação homóloga desça acentuadamente este ano e que possa atingir o seu objetivo de 2% no início de 2025.

"A inflação dos preços dos produtos alimentares, que tem um impacto particularmente grande no custo de vida das famílias com baixos rendimentos, uma vez que constitui uma parte importante dos seus orçamentos, continua a ser extremamente elevada", afirmou o banco.

Já o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, afirmou hoje que, a manter-se o plano para fazer baixar a inflação, "o banco prevê que a inflação seja inferior a 3% no prazo de um ano, sem que a economia entre em recessão".

"Mas isso não significa que será fácil para as famílias suportar o aumento das faturas dos empréstimos hipotecários, pelo que continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar as famílias", acrescentou.

O Governo conservador do primeiro-ministro Rishi Sunak estabeleceu o objetivo de fazer baixar a inflação este ano, depois de esta ter subido acentuadamente devido ao aumento dos preços da energia com a guerra na Ucrânia.

Além da inflação, o Reino Unido tem uma dívida líquida acumulada de 2,59 biliões de libras (3,01 biliões de euros), ou seja, equivalente a 100,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que se mantém em níveis que não se verificavam desde o início da década de 1960, segundo dados recentemente divulgados pelo Office for National Statistics.

A próxima reunião do Banco de Inglaterra realiza-se em 21 de setembro.

[Notícia atualizada às 13h15]

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