"Em junho, as amortizações de títulos foram superiores às emissões em 0,1 mil milhões de euros. As amortizações de títulos de dívida superaram as emissões em 0,7 mil milhões de euros e, em sentido contrário, as emissões de ações ultrapassaram as amortizações em 0,6 mil milhões de euros", refere o banco central num comunicado hoje divulgado.
Segundo o BdP, no setor financeiro, as amortizações de títulos excederam as emissões em cerca de 700 milhões de euros, enquanto, por outro lado, nas empresas não financeiras e nas administrações públicas as emissões foram superiores às amortizações em cerca de 500 e 100 milhões de euros, respetivamente.
No caso das emissões de títulos de dívida classificados como ESG (environmental, social and governance), estas foram em junho superiores às amortizações em cerca de 800 milhões de euros, "o valor mais elevado desde setembro de 2021".
O BdP acrescenta que em junho o valor total de títulos emitidos por entidades residentes era de 464,1 mil milhões de euros, mais cerca de 600 milhões de euros que no mês anterior.
"Para este resultado contribuíram essencialmente as valorizações de ações cotadas de empresas não financeiras, de 2,1 mil milhões de euros. Estas valorizações foram parcialmente compensadas pelas desvalorizações de títulos de dívida pública, de 1,6 mil milhões de euros", explica o banco central.
O BdP acrescenta que no final do mês em análise estavam previstas, para os 12 meses seguintes, amortizações de 42,9 mil milhões de euros, o equivalente a 15,6% dos 274,1 milhões de euros em títulos vivos à data.
As administrações públicas tinham amortizações calendarizadas para os meses de outubro de 2023 e fevereiro de 2024 de 9,4 e 6,4 mil milhões de euros, respetivamente.
As empresas não financeiras apresentavam amortizações agendadas para julho de 2023 de 4,1 mil milhões de euros e de 2,2 mil milhões de euros para setembro deste ano.
Já o setor financeiro tinha calendarizadas amortizações de 4,1 milhões de euros para outubro de 2023 e de 1,1 mil milhões de euros para abril do próximo ano.
No caso das empresas não financeiras, as amortizações previstas "correspondiam, em larga medida, a papel comercial, um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de amortização acompanhada de nova emissão, igualmente de curto prazo".
"É, por isso, previsível que se registe sistematicamente um valor elevado de amortizações calendarizadas para os 30 dias após o fim do mês", sublinhou.
O BdP atualiza as estatísticas de emissões de títulos em 08 de setembro.
[Notícia atualizada às 15h04]
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