Meteorologia

  • 22 SEPTEMBER 2024
Tempo
21º
MIN 16º MÁX 26º

Empresas da zona euro observam atividade estagnada, alerta BCE

As maiores empresas da zona euro observam uma atividade praticamente estagnada em geral, mas com diferenças substanciais entre setores e dentro de cada setor, e estão preocupadas com a recuperação mais lenta do que o esperado da economia chinesa.

Empresas da zona euro observam atividade estagnada, alerta BCE
Notícias ao Minuto

14:32 - 10/08/23 por Lusa

Economia BCE

Este é um dos resultados dos recentes contactos entre o Banco Central Europeu (BCE) e representantes de 73 grandes empresas que operam na zona euro.

Os contactos tiveram lugar entre 26 de junho e 05 de julho de 2023.

"No setor industrial, a fraqueza da atividade concentrou-se principalmente nos setores da construção e dos bens intermédios, enquanto a evolução nos setores dos bens de consumo e dos bens de equipamento foi mais díspar", afirmou o BCE.

As encomendas e a produção no setor dos bens intermédios (produtos químicos, aço, papel e embalagens e componentes eletrónicos) caíram devido à fraca procura final, à redução de existências por parte dos clientes e ao aumento da concorrência das importações.

A procura de novos contratos de construção residencial e comercial foi a mais forte, seguida pela procura de maquinaria e equipamento industrial.

O investimento em infraestruturas, e qualquer investimento relacionado com a descarbonização, mostra resiliência.

A produção no setor automóvel continuou a recuperar com o abrandamento das restrições à oferta, embora alguns contactos tenham apontado para estrangulamentos logísticos que dificultam a entrega de veículos novos aos concessionários, acrescentam os economistas do BCE.

A procura de veículos de combustão interna é mais forte do que a de veículos elétricos.

Em contrapartida, a procura de eletrodomésticos e de eletrónica de consumo está a diminuir, uma vez que as famílias gastam mais em serviços, em detrimento de bens, e que a contração geral do rendimento das famílias, face ao aumento dos preços dos produtos alimentares e da energia, leva a uma redução das despesas com bens de consumo duradouros.

A produção de serviços é impulsionada pela forte procura de turismo, viagens e lazer, por alguma resiliência no retalho e pelo crescimento dos serviços digitais.

As empresas dos setores do turismo e das viagens e hotelaria comunicaram um forte crescimento da atividade.

O transporte aéreo de passageiros e as reservas de hotéis já tinham recuperado ou mesmo ultrapassado os níveis anteriores à pandemia no segundo trimestre.

Além disso, acrescenta o BCE, "as reservas para a época de verão atingiram a totalidade ou percentagens muito elevadas da capacidade, apesar dos elevados níveis de preços".

Muitas empresas afirmaram que os consumidores reduziram as suas compras, especialmente de produtos alimentares e de consumo corrente, mas os retalhistas de vestuário referiram que as suas vendas aumentaram e que os seus volumes de vendas se mantiveram estáveis.

Particularmente forte foi o "crescimento das vendas de marcas de vestuário mais caras e de bens de luxo, como cosméticos e joias", uma vez que os consumidores com rendimentos mais elevados continuam a gastar, de acordo com o BCE.

As empresas estão preocupadas com a recuperação mais lenta do que o esperado da economia chinesa e com o que isso significará para as suas exportações e para a concorrência das importações.

As restrições de capacidade limitarão o potencial de crescimento adicional dos serviços de turismo durante o verão, e os atuais níveis de consumo não são sustentáveis, segundo as empresas.

Neste contexto, muitas empresas consideram que existe um risco muito elevado de uma recessão no final de 2023 ou 2024, embora esta seja ligeira.

As empresas esperam uma taxa de crescimento dos preços um pouco mais baixa no terceiro trimestre do que no segundo trimestre e um número crescente de empresas espera que os preços no seu setor estabilizem ou diminuam.

No que respeita aos salários, as empresas preveem uma "ligeira moderação do crescimento dos salários no próximo ano" e esperam que o crescimento dos salários desacelere de cerca de 5,5% este ano para 4,7% em 2024.

Cerca de metade das empresas inquiridas estimam que o crescimento dos salários em 2024 será semelhante ao de 2023, enquanto quatro em cada dez afirmam pensar que os aumentos salariais serão inferiores no próximo ano.

Leia Também: Membro do BCE: Calibragem das políticas está "cada vez mais complexa"

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório