Cesto de compras recheado? IVA zero ajuda compra de bens não essenciais

Estudo revela que o "IVA zero pode estar a ajudar a reverter a tendência de ir mais vezes às compras, comprando menos de cada vez".

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Notícias ao Minuto
14/08/2023 10:40 ‧ 14/08/2023 por Notícias ao Minuto

Economia

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O volume dos carrinhos de compras aumentou no segundo trimestre do ano e a poupança conseguida com o IVA zero impulsiona as compras em categorias fora do cabaz de produtos essenciais, de acordo com o estudo Shopper Insights T2 2023, realizado pela Kantar e analisado por esta consultora de mercado e pelaCentromarca ‑ Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca.

"O IVA zero pode estar a ajudar a reverter a tendência de ir mais vezes às compras, comprando menos de cada vez. No segundo trimestre de 2023, em relação ao trimestre anterior, o volume por ato de compra dos portugueses cresceu 4,1%, e a frequência de ida aos supermercados diminuiu 1,4%", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

O estudo indica ainda que, ao poupar no cabaz de produtos essenciais abrangido pelo IVA zero, os consumidores tiveram disponibilidade para comprar mais produtos não abrangidos pela medida.

"Nestes, o volume por ato de compra teve um aumento de 6% e o gasto por cada compra cresceu 3%. As categorias que mais cresceram foram as dos produtos de limpeza para a casa, as cervejas, o marisco e a pastelaria. Já no cabaz do IVA Zero, o volume de cada ato de compra aumentou apenas 1%", é ainda referido. 

Acresce ainda que a "medida terá também dado um impulso às marcas de fabricante (MDF), que, dentro do cabaz do IVA zero, registaram um aumento de quota de marcado de 2,5 pontos percentuais em relação às marcas de distribuidor (MDD)".

"Categorias como o leite UHT e bebidas vegetais, o arroz, o óleo ou o atum em lata foram aquelas em que as MDF mais beneficiaram. A redução dogap de preço levou alguns consumidores a regressarem às marcas da sua preferência quando, nos últimos períodos, tinham optado por escolher as MDD", pode ler-se no mesmo comunicado. 

"Os dados provam que, quando o preço deixa de ser um fator tão relevante, os portugueses não hesitam e optam pelas marcas de que mais gostam", diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado na mesma nota. 

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