"Registámos 25 restaurantes que encerraram oficialmente as portas, ou que sabemos que encerraram as portas, em Caracas, a capital, e estamos a levantar a informação dos outros estados, para ter números exatos", disse aos jornalistas o presidente da Câmara Nacional de Restaurantes (Canares) venezuelana.
Iván Puerta explicou que alguns comerciantes não estavam preparados para a "dinâmica cambial", a fixação dos preços em dólares norte-americanos, e que outros viram no setor gastronómico uma oportunidade de negócio, sem ter em conta a situação instável do país.
O presidente da Canares demonstrou também grande preocupação porque "os preços vão continuar a aumentar e a Venezuela depende muito dos produtos importados".
"O apelo que fazemos, desde a Câmara, [aos proprietários de restaurantes] é que estejam muito atentos, com a equipa de compras e a estrutura de custos. Ir analisando para ver quais são os produtos mais sensíveis e tomar decisões rápidas, fazer os ajustes necessários", disse Puerta.
Por outro lado, o empresário explicou que nos últimos meses se agravaram as deficiências do serviço público em diferentes cidades, em particular com o fornecimento de eletricidade, combustível, gás e água, que obrigam os restaurantes a terem gastos adicionais com cisternas de água, geradores elétricos e botijas de gás.
O Imposto às Transações Financeiras, que é debitado aos comerciantes por cada movimento bancário, também encarece os produtos e serviços, afetando o consumidor final, disse Puerta.
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