Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Governadores do BCE, Christine Lagarde disse que "alguns governadores" preferiam manter inalteradas as taxas de juro na reunião de hoje e reservar a decisão para quando existissem mais dados.
No entanto, uma "sólida maioria" apoiou o novo aumento anunciado hoje e que colocou a taxa dos depósitos no nível mais elevado de sempre da zona euro.
Ainda assim, assegurou que o debate no Conselho de Governadores não foi "antagónico" e foi baseado nos últimos dados macroeconómicos.
"Nós realmente aprofundamos os números e a análise", disse.
O BCE anunciou que a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito subiu para 4,00%, ou seja, o valor que os bancos recebem por depositarem dinheiro no banco central.
Já a taxa de juro das principais operações de refinanciamento e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez (que definem o custo dos empréstimos dos bancos centrais aos bancos) subiram para respetivamente, 4,5% e 4,75%.
A subida tem efeitos a partir de 20 de setembro de 2023.
"A inflação continua a descer, mas ainda se espera que permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo", salientou a presidente do BCE.
Esta foi a décima subida consecutiva das taxas de juro pelo banco central, desde julho do ano passado, o ciclo de subida mais rápido da história da zona euro.
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