"Estimamos um crescimento económico de 5,7% para este ano de 2023, com previsão de 4,7% para 2024. A inflação, que atingiu o maior valor dos últimos anos em 2022, com 8%, vai situar-se em 2024 em 2,8%", acrescentou, ao referir números com que pretende atrair investidores.
"Cabo Verde tem um mercado interno pequeno. Mas o mercado interno pode ser amplificado com o crescimento do turismo e com um bom posicionamento para atração de investimentos e de capitais para produção de bens e serviços e sua exportação para o resto do mundo. É esse o propósito", destacou.
Segundo referiu, em 2022, as remessas financeiras da diáspora atingiram 375 milhões de dólares (cerca de 352 milhões de euros), representando 18% do PIB, e o investimento direto da diáspora atingiu mais de 45 milhões de dólares (cerca de 42,2 milhões de euros).
"Estamos empenhados em que essa contribuição aumente ainda mais, particularmente no que de refere ao investimento produtivo. Para além disso, estamos empenhados em atrair capacidades, competências e conhecimentos nas diversas áreas onde a nossa diáspora pode representar mais-valia para o país", destacou Ulisses Correia e Silva.
O Cabo Verde Investment Forum teve hoje como palco o Harvard Business Club, em Nova Iorque, e integrou a agenda de uma comitiva cabo-verdiana que acompanha a presença do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, desde dia 15 e até 23 de setembro, para participar na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Este tipo de encontro com diáspora e investidores estrangeiros realizou-se pela primeira vez em julho de 2019 na ilha do Sal e, no mesmo ano, em Boston, Massachusetts.
Em 2021, o evento decorreu na feira mundial Expo 2020 Dubai e em junho de 2022 regressou à ilha do Sal.
Leia Também: Cabo Verde defende união entre países para intercetar crimes financeiros