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Evergrande afunda-se em bolsa após dizer que não emitirá novas obrigações

As ações do grupo Evergrande, uma das maiores construtoras da China, afundaram-se hoje 20%, depois de a empresa ter anunciado que não pode emitir mais dívida.

Evergrande afunda-se em bolsa após dizer que não emitirá novas obrigações
Notícias ao Minuto

08:57 - 25/09/23 por Lusa

Economia China

O valor das ações da empresa - que voltaram a ser cotadas na Bolsa de Valores de Hong Kong no final de agosto depois de terem estado suspensas durante quase um ano e meio -- registava uma queda de 20% a meio da sessão de hoje.

A Evergrande já tinha perdido mais de 90% do seu valor de mercado quando suspendeu a negociação das suas ações, em março do ano passado. Após retomar as negociações em bolsa, a empresa voltou a afundar-se 80%.

O subíndice Imobiliário do índice de referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, registava uma queda de 2,58%, a meio da sessão de hoje em Hong Kong.

A Evergrande anunciou em comunicado que não consegue cumprir os requisitos para a emissão de novos títulos de dívida, uma vez que a sua subsidiária Hengda Real Estate Group está a ser investigada pela Comissão Reguladora do Mercado de Valores Mobiliários da China.

O anúncio ocorreu poucos dias depois de a Evergrande ter dito que adiou pela terceira vez reuniões com os seus credores para discutir a reestruturação da dívida do grupo.

Em meados do mês, a polícia da cidade de Shenzhen, no sudeste da China, informou sobre a detenção de funcionários da subsidiária de gestão de fortunas Evergrande Wealth, embora o grupo tenha garantido que as detenções "não afetariam" as suas operações.

Em agosto passado, a Evergrande pediu falência nos Estados Unidos para proteger os seus ativos dos credores enquanto continua a negociar uma reestruturação da sua dívida.

A posição financeira de muitas empresas imobiliárias chinesas piorou depois de, em agosto de 2020, Pequim ter anunciado restrições no acesso das construtoras ao crédito, após anos de forte crescimento assente em políticas agressivas de alavancagem.

Leia Também: Empresas europeias "estão preocupadas" com leis chinesas

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