O BEI participa na linha a 50% e o Interatlântico torna-se no primeiro banco cabo-verdiano a beneficiar do financiamento direto de uma instituição multilateral, disse à Lusa fonte do banco sediado na Praia.
A operação confere um sinal de "robustez" ao sistema financeiro cabo-verdiano e é, ao mesmo tempo, uma prova da vontade do grupo CGD em "aprofundar o relacionamento com Cabo Verde", acrescentou.
O Interatlântico cumpriu com as exigências do BEI ao nível da governação e boas práticas - já exigidas ao grupo CGD na Europa -, num processo que levou dois anos a ser estruturado.
A linha, com um valor superior a mil milhões de escudos cabo-verdianos, contempla crédito até 120 meses (10 anos) com taxa de juro variável a partir de um mínimo de 6,5%.
O alinhamento do objeto de financiamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas - conjunto de metas a cumprir pelos estados-membros até 2030 - é um dos critérios favoráveis para a aprovação.
Entre esses critérios estão, por exemplo, a promoção da igualdade de género, de uma agenda de trabalho digno ou o uso de energias renováveis.
Da mesma forma, há fatores de exclusão, tais como atividades ligadas à exploração de combustíveis fósseis, mineração ou promoção imobiliária, entre outros.
Do total disponível na linha de crédito, está já aprovado o equivalente a cerca de três milhões de euros para projetos apresentados pelas PMEs, com validação do BEI.
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