Quem tem crédito à habitação com taxa variável e revisão marcada para outubro deverá ver, novamente, a prestação da casa aumentar. Quem tem contratada uma Euribor a 12 meses poderá ver a prestação subir 160 euros face à última revisão, de acordo com simulações da DECO Proteste para o Notícias ao Minuto.
Tendo em conta os valores da Euribor até ao dia de 30 de setembro e o cenário de um empréstimo de 150 mil euros, com maturidade a 30 anos e um spread de 1%, no próximo mês as prestações serão as seguintes:
- Cenário 1 (Média Euribor 6M de 4,030%): 807,98€
- Cenário 2 (Média Euribor 3M de 3,880%): 794,27€
- Cenário 3 (Média Euribor 12M de 4,149%): 818,95€
Em comparação, estes eram os valores das últimas revisões em função das respetivas maturidades:
- Cenário 1: (Média Euribor 6M de 3,267%): 739,40€ – abril 2023
- Cenário 2: (Média Euribor 3M de 3,536%): 763,24€ – julho 2023
- Cenário 3: (Média Euribor 12M de 2,233%): 651,41€ - outubro 2022
Em síntese, quem tem um empréstimo nestas condições e uma Euribor a 12 meses poderá sofrer um acréscimo de 160 euros. Já para quem tem Euribor a seis e três meses os aumentos são de cerca de 68 euros e 31 euros, respetivamente.
A taxa Euribor a 12 meses subiu hoje para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008, tendo também aumentado a média mensal de setembro, que avançou para 4,149%.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,228%, mais 0,007 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
Depois de ter descido pela primeira vez em agosto face a julho, a média mensal da Euribor a 12 meses subiu para 4,149% em setembro, mais 0,076 pontos que no mês anterior.
A taxa média da Euribor a 12 meses desceu de 4,149% em julho para 4,073% em agosto.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
Em relação aos prazos mais curtos, as Euribor desceram hoje a três meses e mantiveram-se a seis meses face a quinta-feira, mas as médias mensais mantiveram a tendência ascendente dos meses anteriores.
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