Bolsas europeias em baixa, pendentes da evolução dos juros das dívidas

As principais bolsas europeias estavam hoje em baixa, de novo pendentes da evolução dos juros das dívidas soberanas europeias e dos EUA, que continuam imparáveis e revalidaram novos máximos perante as previsões de novas subidas das taxas de juro.

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Lusa
04/10/2023 09:39 ‧ 04/10/2023 por Lusa

Economia

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Às 09h25 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,19% para 439,86 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 0,02%, 0,11% e 0,46%, bem como as de Madrid e Milão que se desvalorizavam 0,44% e 0,64%, respetivamente.

Em sentido contrário, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência de abertura, estando às 09:25 o principal índice, o PSI, a subir 0,46% para 5.925,89 pontos.

A possibilidade de novas subidas das taxas de juro nos EUA e a possibilidade de as taxas de juro se manterem elevadas durante mais tempo do que o previsto, tanto nos EUA como na Europa, está a provocar uma subida sustentada dos juros das obrigações de referência em ambos os lados do Atlântico.

Nos EUA, o rendimento da dívida a dez anos está a aproximar-se dos 5%, tendo subido hoje para 4,85%.

Na Europa, o rendimento da dívida da Alemanha a dez anos atingiu 3,021%.

Neste contexto, Wall Street fechou a terça-feira com perdas significativas nos seus três indicadores, enquanto na Ásia, ao início da manhã, o Nikkei em Tóquio caiu 2,28%.

Assim, enquanto aguarda a evolução das taxas de rendibilidade das dívidas soberanas, o mercado estará atento à comparência da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e aos dados macroeconómicos, como os PMI compostos e de serviços de vários países europeus, da zona euro no seu conjunto e dos EUA, onde também será divulgado o valor dos ADP 'non-farm payrolls'.

Haverá também uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), num dia em que o preço do petróleo Brent, de referência na Europa, desce 0,59% para 90,4 dólares.

Na terça-feira, a bolsa de Wall Street fechou em baixa, com o Dow Jones a descer 1,29% para 33.002,38 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro de 2022.

O Nasdaq terminou a recuar 1,87% para 13.059,47 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro de 2021.

A nível cambial, o euro abriu a valorizar-se no mercado de câmbios de Frankfurt, mas a cotar-se a 1,0479 dólares, contra 1,0462 dólares, um mínimo desde dezembro de 2022.

O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro abriu a descer no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 90,26 dólares, contra 90,92 dólares na terça-feira e 94,36 dólares em 27 de setembro, um máximo desde julho de 2022.

Leia Também: Juros da dívida de Portugal sobem a 10 anos para máximos desde 2017

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