O estudo, divulgado hoje, da responsabilidade da VGD e da EWPN, foi realizado pela Nielsen, com o apoio da ANIPE - Associação Nacional de Instituições de Pagamento e Moeda Eletrónica, e conclui que "Portugal tem potencial ainda não realizado, para estar no pelotão da frente na área dos pagamentos".
No entanto, o "alegado (...) monopólio da SIBS (...) é indicado como um dos principais entraves à inovação do setor financeiro em Portugal", lê-se no estudo, que considera que "Portugal poderia estar ao nível do Reino Unido, se alegadamente não estivesse tão dependente da SIBS".
"Apesar de inovador, Portugal é considerado pelo próprio setor, um mercado fechado", indicou ainda.
Este estudo contou com mais de 1.200 entrevistas junto da população portuguesa, comerciantes e turistas, além de 16 entrevistas junto de empresas de várias indústrias e entidades do setor dos pagamentos, realizadas em setembro do ano passado.
Segundo o estudo, as instituições financeiras entrevistadas referiram que a SIBS não estava preparada para a "revolução" gerada pela pandemia, que intensificou a aceleração da indústria de pagamentos, "o que terá levado a uma falta de capacidade de resposta e consequente abertura a outras 'fintechs' [tecnológicas da área financeira] para responder a essas lacunas".
Os entrevistados disseram ainda que "os pagamentos de serviços ao Estado e serviços essenciais, tais como luz e água, não deviam estar limitados" a ser "pagos por utilizadores com contas bancárias nacionais", referindo que "numa Europa única, aberta e global -- tal facto é visto como uma barreira ao consumidor europeu e uma barreira à economia" nacional.
O estudo concluiu ainda que "a maioria dos portugueses continua a utilizar os meios tradicionais de pagamento (dinheiro/numerário e cartões), apesar do impacto da pandemia na promoção de outros instrumentos de pagamento".
Por sua vez, de acordo com as conclusões do estudo, "os comerciantes ainda são muitos fiéis aos meios de pagamento tradicionais, embora existam novos meios de pagamento em claro crescimento", destacando-se "as transferências bancárias e os cartões de crédito, considerados como os mais competitivos ao nível de taxas e os meios de pagamento mais habituais".
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