"Tabaco e álcool são demasiado baratos"
"O álcool em Portugal é demasiado barato, em particular o vinho", afirma Fernando Leal da Costa, secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, ao Público. Em entrevista, revelou que a crise poderá ter algum efeito na saúde, mas que até agora tal não se verificou. Contudo, os preços do tabaco e álcool continuam muito baixos e é por isso, no seu entender, que há um grande consumo.
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Economia Leal da Costa
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde acredita que os preços do tabaco e do álcool deveriam sofrer alterações para combater o uso excessivo destas substâncias, como afirmou em entrevista ao Público.
Como forma de combater o vício do tabaco, Fernando Leal da Costa revela que uma das soluções passa pelas imagens chocantes nos maços, sendo que, para isso, em outubro a lei pode ser revista. “Estamos à espera que a UE, no outono, nos forneça as novas frases e fotografias a inscrever nos maços”, admite.
“Aumentar o custo não é a única forma de combater o problema, apesar de o tabaco ser demasiado barato”, isto para que este produto fique menos disponível tanto aos jovens, como a toda a população, revela.
Além disso, o médico considera que também “o álcool em Portugal é demasiado barato, em particular o vinho”.
Relativamente aos produtos saudáveis, o secretário de Estado acha que “o mais importante é tornar os sumos de fruta mais baratos do que encarecer os refrigerantes por si só. O que para nós é fundamental é que as pessoas sejam educadas a consumir fruta, sumos e água”.
Sendo que a a crise afetou todo o país, será que a saúde conseguiu escapar? Para Fernando Leal da Costa houve "uma diminuição de mortalidade rodoviária, porque se circula menos. Nos suicídios não houve um aumento. O número de mortos tem sido inferior a 80 por mês, quando o expectável seria de 100 por mês. Uma crise financeira há-de ter algum efeito sobre a saúde, mas até agora isso não se verificou", remata.
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