Concretamente, às 11:00 em Lisboa, o Brent, o petróleo de referência na Europa, estava a ser negociado a 89,2 dólares, mais 3,72% do que no fim da sessão de quinta-feira.
O petróleo de referência nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI), era transaccionado a 86,14 dólares, com uma subida de 3,9% em relação a quinta-feira.
A Banca March salientou num relatório que o preço do petróleo, depois de ter caído 11% na semana passada, conseguiu recuperar parte do que foi perdido devido à guerra no Médio Oriente, uma vez que "as tensões no mercado do crude voltaram a estar presentes face aos rumores sobre o envolvimento do Irão, um dos principais produtores mundiais, no ataque a Israel".
De acordo com uma análise do banco de investimento suíço Julius Baer, efetuada pelo diretor da Next Generation Economics and Research, Norbert Rücker, "o mercado petrolífero sente-se diferente após a eclosão do trágico conflito em Israel durante o fim de semana".
Devido ao conflito, "os receios de uma escalada - guerra - no Médio Oriente e de perturbações no fornecimento de petróleo aumentaram rapidamente", com a possibilidade de um novo choque de preços, embora Rücker considere este cenário "muito improvável".
Na sua opinião, "o conflito parece evoluir de acordo com o manual geopolítico habitual", uma vez que o conflito "aumenta temporariamente os preços até que a incerteza diminua novamente e o mercado do petróleo volte ao seu estado anterior".
Para este especialista, "pode haver algumas consequências geopolíticas - devido à guerra - mas até agora estas incertezas não alteram as nossas opiniões e projeções. Esperamos que os preços do petróleo desçam no próximo ano".
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