Escolha entre metro ou 'metrobus' para linha Maia II em aberto
A decisão sobre se a segunda linha da Maia apresentada hoje pela Metro do Porto será em metro convencional ou em 'metrobus' dependerá das soluções apresentadas nos estudos, disse hoje aos jornalistas o presidente da transportadora.
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Economia Metro do Porto
"O que nós estamos agora a contratar são os estudos que, no caso da Maia, têm um passo intercalar em que o consórcio [vencedor] tem de apresentar um programa-base para as duas soluções, e depois com base nessas duas soluções apresentadas, com base no estudo de incidências, com aquilo que é a estimativa orçamental, nós vamos ter que definir qual é o modelo que vamos adotar no resto da empreitada", disse hoje Tiago Braga aos jornalistas.
O responsável falava após a cerimónia de apresentação de quatro novas linhas do Metro do Porto, no caso ISMAI - Muro - Trofa (metro até Muro e 'metrobus' até Paradela), Gondomar II (Dragão - Souto), Maia II (Roberto Frias - Parque Maia - Aeroporto) e São Mamede (IPO - Estádio do Mar), que foram apresentadas no Auditório Municipal de Gondomar, no distrito do Porto, na presença do primeiro-ministro, António Costa, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e dos autarcas da região.
A portaria do Governo que entrou hoje em vigor indica que a contratação de estudos iniciais para as novas linhas poderá ir até aos 10 milhões de euros, identifica a linha da Maia II como "Linha de BRT entre Roberto Frias e Verdes II com cerca de 13 km e 16 estações/paragens".
Aos jornalistas, o presidente da Metro do Porto referiu que a solução do 'metrobus', adotada na Trofa e possivelmente na Maia, "é escalável" para metro convencional, caso a procura assim o justifique.
Nos concursos hoje anunciados serão encomendados Estudos de Impacto Ambiental para os quatro traçados "e um projeto ao nível do Estudo Prévio".
"Nós vamos avançar num contexto de conceção-construção, como já fizemos com o BRT [metrobus] da Boavista", dizendo Tiago Braga que esse será um modelo a manter.
Já há financiamento assegurado por fundos europeus para as linhas de Gondomar e da Trofa, mas não para a segunda linha da Maia e para a de São Mamede de Infesta (Matosinhos).
"Nós acreditamos muito que é com a maturidade dos projetos que somos capazes de ser competentes para ir em busca dos recursos financeiros para financiar a obra. Temos este desafio", reconheceu o presidente da Metro do Porto.
Questionado sobre de onde virá esse financiamento, Tiago Braga declarou-se "agnóstico" quanto à sua proveniência, salientando que "o que interessa é conseguir" as verbas.
Quanto a cronogramas de conclusão de obras, Tiago Braga apontou que a extensão à Trofa deverá estar concluída em 2028, a linha de Gondomar no início de 2029 e estar com obra no terreno na linha de São Mamede e Maia II "no final da década", mas admitiu que a sua conclusão "pode acontecer até 2030".
Tiago Braga disse ainda que tanto o concurso público para a segunda fase do 'metrobus' da Boavista (Serralves - Anémona) como a entrada em funções dos novos veículos CT deverão ocorrer "nas próximas semanas".
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